Page 227 - Fortaleza Digital
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pequenos. Cada um deles estava marcado com uma letra do alfabeto. Susan
voltou-se para o comandante. - Me diga qual é a senha!
Strathmore pensou um pouco e depois suspirou pesadamente.
- Susan, sente-se.
Ela olhou para ele perplexa, sem acreditar no que estava ouvindo.
- Sente-se - repetiu ele, com voz firme.
- Deixe-me sair daqui! - disse Susan, olhando preocupada para a porta da sala,
que permanecia aberta.
Strathmore percebeu o estado de pânico de Susan e calmamente se dirigiu até a
porta do escritório. Deu um passo para fora e olhou para o salão da Criptografia.
Hale não estava em nenhum lugar visível. O
comandante voltou ao escritório e puxou a porta. Colocou uma cadeira encostada
contra ela para mantê-la fechada. Foi até sua mesa e pegou algo em uma gaveta.
Na pálida luz azulada dos monitores, Susan viu o que ele estava segurando e ficou
lívida. Era uma arma. Strathmore puxou duas cadeiras para o meio da sala.
Virou-as de forma que ficassem de frente para a porta fechada do escritório.
Depois sentou-se. Apontou a pistola Beretta para a porta e estabeleceu uma mira
firme. Colocou a arma em uma posição conveniente no seu colo. Voltou a falar,
agora de forma solene.
- Susan, estamos seguros aqui. Precisamos conversar. Se Hale decidir atravessar
essa porta... - deixou a frase terminar em silêncio. Susan estava imóvel.
Strathmore olhou para ela sob a luz tênue de seu escritório e deu uns tapinhas na
cadeira a seu lado.
- Por favor, sente-se. Eu tenho que lhe contar uma coisa. - Ela não se moveu. -
Quando eu terminar, lhe dou a senha para o elevador. Você
decidirá, então, se quer ou não sair.
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Houve um longo silêncio. Em um transe, Susan sentou-se ao lado do comandante.
Não fui inteiramente honesto com você - disse Strathmore.
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