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justiça e o amor de Deus”.
                Os fariseus queriam fazer do dízimo uma apólice de seguro, um
          salvo-conduto para negligenciarem o principal da lei, que era a prática
          da justiça, da misericórdia e da fé (Mt 23.23). A ordem de Jesus é
          enfática: Devíeis, porém, fazer estas coisas [a justiça e o amor de Deus]
           sem omitir aquelas [dar o dízimo]. Aqui, o que o Senhor denuncia é o
          legalismo e a hipocrisia dos fariseus, e não a entrega do dízimo mesmo.
                O cristão é livre para contribuir com qualquer percentual; porém,
          temos que saber separar uma contribuição cristã de 10% dada
          livremente e com propósito de coração, de outra contribuição de 10%
          dada pela ordenança da Lei como percentual mínimo, “na qualidade de
          dizimista”. A contribuição de 10% dada livremente e com propósito de
          coração, é espiritual.
                O escritor aos hebreus se refere a Abraão que pagou dízimos a -
          Melquisedeque, e a Levi que pagou seu dízimo a Melquisedeque
          através de Abraão (Hb 7:2, S). Paulo escreve acerca do repartir as
          posses materiais para cuidar das necessidades dos pobres (1 Co 16:1-3;
          2 Co 8-9; Ef 4:28) e para sustentar o ministério cristão (1 Co 9).
          Insiste na generosidade e a recomenda (2 Co 9:6; 8:1-5).
                A mordomia é uma doutrina do Novo Testamento dirige um cristão
          em matéria de receber, ganhar e gastar. E um desenvolvimento essencial
          dos princípios da graça, em contraste com os da lei. A graça gera um
          relacionamento de família em que tudo o que é feito por Deus para
          Seu filho ou pelo filho a Deus será motivado somente pelo amor.
          Os elementos de barganha e negócio, ganhos e salários, ou supostas
          obrigações em troca de serviço, são excluídos quando o amor se
          constitui no único motivo.
                Cristo ofertou generosamente (2 Co 8.9). O crente deveria ser
          generoso do mesmo modo (2 Co 9.8). Tal contribuição deveria ser
          operada pelo Espírito, não legalmente ou por causa da necessidade
          “porque Deus ama ao que dá com alegria” (v. 7). Isto não é difícil de
          fazer quando é aceito e percebido que todo dinheiro é dEle e que o
          mordomo apenas administra as coisas financeiras de seu Mestre.
                Entregar o dízimo é um reconhecimento de que tudo o que
          possuímos vem de Deus, desde nosso fôlego de vida, é um ato de
          adoração a Deus por sua bondade e a fidelidade (Dt 8.17, 18).
                Entregar o dízimo não é nada mais que devolver parte daquilo que
          Ele mesmo nos deu! Em recompensa à nossa fidelidade, Deus promete
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