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a) um Laboratório Central de Enologia, com sede na Capital
Federal;
b) três Estações de Enologia, com sede nos Estados do Rio Grande
do Sul, São Paulo e Minas Gerais;
c) treze Subestações de Enologia, sendo quatro no Rio Grande do
Sul, duas em Santa Catarina, uma no Paraná, duas em São Paulo,
duas em Minas Gerais, uma no Espirito Santo e uma em Goiás;
d) doze Postos de Análises e Controle (Laboratórios), distribuídos
em dez estados.
Entretanto, a implantação desses serviços só iniciou alguns
anos depois, como noticiou o Jornal Correio da Manhã, na edição
do dia 22 de junho de 1940, informando o seguinte:
O Ministro da Agricultura designou uma comissão para
estabelecer as medidas que se fizerem necessárias à
coordenação das atividades das várias entidades da
administração federal no que diz respeito à execução
da lei e regulamento referente à produção, circulação e
distribuição dos vinhos e seus derivados em todo o
território nacional (PARA TRATAR …, p. 3, 1940).
Para além dos servidores do Ministério da Agricultura, essa
Comissão Especial era composta por representantes do Ministério
da Educação e Saúde Pública, do Ministério da Fazenda e do
Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
O gaúcho Manoel Mendes da Fonseca era um dos
1
integrantes. Em 1937, durante o 3º Congresso Brasileiro de
Viticultura e Enologia, realizado no Rio de Janeiro, ele já havia
alertado para a necessidade de investimento no ensino de
técnicos para esse setor (ANDERLE, 1998). Assim, essa demanda
que já era apontada pela indústria vitivinícola passou a ser
considerada de forma mais consistente no âmbito do Governo
1 O engenheiro agrônomo Manoel Mendes da Fonseca estudou em Montpellier,
na França, e quando retornou ao Brasil tornou-se o primeiro Diretor do
Laboratório Central de Enologia.