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Federal.
Cabe lembrar que até a década de 1950 a vitivinicultura
brasileira ainda era muito insipiente em sua tecnologia, como
explica a Associação Brasileira de Enologia – ABE (2017) ao
descrever as diferentes “Fases da Vitivinicultura”. Assim, a criação
da Estação de Enologia de Bento Gonçalves foi um marco
importante para alterar essa situação.
A Comissão de Instalação iniciou suas atividades em 30 de
maio de 1942, com os seguintes integrantes: os engenheiros
agrônomos Ruy Torres da Silva Pinto (Diretor da Estação), Carlos
Alberto Burnett, Danilo Callegari, José Maria Malheiros Pinto,
Joaquim Peixoto Luna, Álvaro Pontes de Magalhães, Sylvio Ferreira
da Silva e Hugo de Mesquita Vasconcelos, todos do Ministério da
Agricultura; o servente Mário Morassuti; os técnicos do
laboratório Loris Antônio Pasquali Reali, Romeu de Freitas e Maria
Augusta Torriani (EMBRAPA, 2019).
A implantação da Estação de Enologia em Bento Gonçalves
foi viabilizada a partir da aquisição pelo Município, autorizada
pelos Decretos-leis N° 71 e 72, de 25 de abril de 1944, de “um
grupo de imóveis situados nos subúrbios desta cidade” e
transferência ao Laboratório Central de Enologia do Ministério da
Agricultura (BENTO GONÇALVES, 1944).
Porém, essa instituição não tinha a função específica de
formar profissionais para atuar no setor vitivinícola. Em entrevista,
realizada no dia 13/3/2019, o professor Firmino Splendor falou
sobre a carência desse “aporte tecnológico” que era sentida até a
criação da Escola de Viticultura e Enologia:
Até aí, vínhamos com uma produção de uvas mas a
qualidade estava de acordo com a realidade em que
havia apenas, quiçá, um ou dois técnicos estrangeiros
que passavam na região para dar uma orientação.
Enfim, eram mais os industriais pelo seu conhecimento
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