Page 44 - Na Teia - Mauro Victor V. de Brito
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união estável e celebrarem casamentos homoafetivos. Ainda que

           por um processo tardio, lento e altamente discutível, a questão
           matrimonial foi o carro-chefe de outras políticas de direitos às
           pessoas LGBTs em todo o mundo.
             No Brasil, o município de São Paulo se torna o primeiro do país
           a ter uma pasta voltada para assuntos relacionados à população
           LGBT. Criada em 2005, institucionalizada em 2008 e integrada
           à Secretaria Municipal de Direitos Humanos, a denominada

           “Coordenação de Políticas para LGBTI” é responsável por formu-
           lar, articular, propor e monitorar políticas públicas que visem a
           promoção da cidadania e a garantia de direitos de lésbicas, gays,
           bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais na cidade de São
           Paulo. Ainda que nos primeiros anos de existência a Coordenação
           ocupasse posição simbólica, foi importante para o longo processo
           que oficializou as cirurgias de redesignação sexual no país. Em
           2008, o Ministério da Saúde autorizou que o procedimento fosse
           realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) .
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             Ao passo que observamos a pauta da construção da igualdade
           social tomar corpo entre os anos 2000 e 2010, uma onda conserva-
           dora avança em todo o mundo e a megalópole São Paulo não foge
           à regra. A higienização já experimentada pela cidade em déca-
           das anteriores ganha um novo matiz, com interesses tão perversos
           quanto. Porém, o que essa política não esperava era esbarrar em
           movimentos sociais extremamente organizados e que iriam para

           o front do combate às suas ações.










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