Page 49 - Na Teia - Mauro Victor V. de Brito
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Turístico do Estado de São Paulo), pois o projeto arquitetônico proposto
           pelos arquitetos franceses botava em risco o estudo de tombamento de

           patrimônio do Largo do Arouche”.
             Mesmo conseguindo aprovar uma audiência pública dentro do
           Condephaat, os Arouchianos não tiveram sucesso. A prefeitura
           e seus órgãos parceiros ganharam o direito de tocar o projeto. A
           obra teve início em maio de 2019, mas foi embargada após ação
           do Ministério Público, movida por uma morada do Arouche que
           questionava as alterações que seriam feitas. O que é entregue à

           população, no final de 2019, é algo bem diferente da proposta
           inicial do Boulevard Francês, mas que, mesmo bem reduzido,
           custou R$3,8 milhões.


           OS HERDEIROS DA TARÂNTULA

           Nos bastidores da tramitação do projeto do Boulevard Francês,
           acontecia uma movimentação intensa orquestrada pela Polícia
           Militar de São Paulo. Segundo Beuclair, uma das assembleias públi-
           cas para discutir o tema, promovida pelo Coletivo Arouchianos,
           foi interrompida com a chegada da Ronda Ostensiva Com Apoio
           de Motocicletas (ROCAM).
             “O que a gente observou é que a partir do momento em que o Dória

           afirma que iria mexer no Largo do Arouche, a polícia começou uma
           ação para amedrontar e tentar afastar os frequentadores da região.
           Nessa assembleia, a ROCAM chegou mandando todo mundo calar a
           boca. Em uma outra ação eu cheguei a ser preso quando íamos começar
           uma roda de conversa na praça, fui acusado de instalar uma tomada
           em poste público para roubar energia”.






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