Page 13 - HOLOCAUSTO
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infantes D. Francisco e D. Antônio, “o herdeiro da coroa D. José”; a corte representada
por seus membros mais ilustres. A leitura da sentença era longa e torturante,
acompanhadas de preleções com caráter religioso.
“Já de noite, finda a solenidade, o conduziram à Relação, em frente ao palácio
dos condes de Almada, e ouvida a sentença dos juízes da coroa” amarraram-lhe os
braços e pés no esteio, junto à lenha. O carrasco alegrava-se fazendo arder em círculo,
as várias fogueiras de onde partiam gritos de dor e desespero. A fumaça envolvia a
todos que presenciavam aquele espetáculo dantesco. “Obra-prima” da Igreja
comandada pelos príncipes da Inquisição, que os mandava queimar “legalmente” para
se apropriar dos bens de uma minoria indefesa.
POSFACIO
A intolerância religiosa da Igreja Católica e a ferocidade que submeteu o povo
judeu e as minorias raciais durante o período da Inquisição, com o objetivo de destruí-
los e extorquir suas economias, só encontra parâmetros na História da Humanidade
durante a Segunda Guerra Mundial, nos campos nazistas de concentração.
Guilherme Peres
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Fundação Universidade de Brasília
2000 – Brasília
Wiznitzer, Arnold - “Os Judeus no Brasil Colonial”
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Literatura” - 2º Volume – Porto – Portugal – S/D
França, Jean Marcel Carvalho – “Visões do Rio de Janeiro Colonial”
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Ferreira da Silva, Lina Gorenstein – “Heréticos e Impuros”
Biblioteca Carioca – RJ, 1995
Pizarro e Araújo, José de Souza Azevedo – “Memórias
Históricas do Rio de Janeiro”.
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Dines, Alberto - “Vínculos de Fogo” – Cia das Letras – 1992, RJ
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