Page 33 - JornalJaneiro2020(10ªEdição)
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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas de Monção                                               janeiro 2020

                       “Todas as coisas têm o seu mistério, e a poesia é o mistério de todas as coisas.” – Frederico Lorca



                                                               UM DIA DE CADA VEZ                                 Receita do Amor

                                                        Um dia de cada vez                             Para construir amor de verdade
                            ...                         É o que mais agora se diz.                     junta-se um pó de amizade,
                                                                                                       300g de alegria,
                                                        A mim entristece-me ouvir
        (Adaptação de um poema de Eugénio Andrade)      Quando as pessoas o dizem.                     Uma colher de confiança,
                                                        E, no seu olhar vago,                          Meio litro de esperança,
       No teu rosto eu me encontro,                     Se vê tanta desilusão…                         Duas gemas de honestidade,
       Luz que há de rosa em rosa                       Misturada com lágrimas                         Um pacote de coragem,
       Transparente e brilhante.                        Que tanto teimam em segurar.                   Uma xícara de cumplicidade.
                                                        Mas tudo se torna em vão                       Colocar numa forma de simpatia
       Melodia triste mas segura,                       Pois elas acabam por cair                      para moldar a companhia.
       Que não provém da terra,                         Destroçando o coração.                         Não nos podemos esquecer
       Cálida e escura.                                 Vai-se perdendo a ilusão                       de pôr a mistura no forno
                                                        De um dia encontrar solução                    para o amor crescer,  crescer.
       Mar imenso,                                      Para renovar a esperança.                      Enquanto se ganha mais cumplicidade,
       Praia, peixes, rochas e montanha agreste         Percorre-se um túnel amargo                    apura-se alguma emoção.
       O melhor da minha vida!                          Onde não se encontra                           E quando se sente no coração,
                         Sofia Vásquez e Letícia Silva, 7ºA   A luz que tanto se procura               já se pode tirar do forno
                                                        Para iluminar novamente                        Pois o amor já está pronto!
                                                        O caminho das vidas.                               Maiara Guedes, Eva Flores e Afonso Dahlke – 8ºB
                                                        Das vidas que tanto dizem.                                                            EMRC
                                                        E sempre que perguntas:
                                                        - Como vai a vida?
                                                        E te respondem tristemente:                                    Pois é…
                                                        - Vai como sempre…                             Pois é… chegou a minha vez,
                                                        Um dia de cada vez!...                         de criar mais um poema.
                                                                  Liana Sá, Ass. Operacional - DLD Martins    Com um pouco de sorte,
                                                                                                       até encontro um bom tema!
       No teu rosto reluzente
       Luz e alegria de rosa em rosa                                                                   Queria mesmo, queria tanto
       Transparente e nada discreta.                                   Solidão                         fazer algo diferente,
                                                                                                       alguma coisa interessante
       Melodia agitada mas segura                       Sentes-te só!                                  que libertaria a minha mente.
       Coração da terra                                 A solidão acompanha-te
       Cálida e bela.                                   Umas vezes sim … outras não.                   Sou amigo de ajudar,
                                                        Por vezes reclamas o teu espaço                que para mim é um dever.
       Mar imenso                                       Outras vezes,                                  Pena que muitos para dar
       Praia de areia, jardim e monte agreste           E, sem saber porquê,                           primeiro têm que receber.
       A história da minha vida.                        Sentes a solidão.
                                                        No seu estado mais profundo                    Mas o mundo é assim feito,
                    Soraia Sotomaior e Tomás Celeiro, 7ºA   As ideias atropelam-se.                    vivemos num grande comodismo
                                                        Gera-se confusão                               em que o pior dos defeitos
                                                        Com tanta solidão!                             é o nosso egoísmo.
                            ...                         Neste desespero de busca                         Pois é… até umas rimas consegui,
                                                        Procuras -te a ti mesma...
        (Adaptação de um poema de José Gomes Ferreira)   A impotência é enorme                         e aqui está este poema.
                                                        E os sentimentos mais profundos                O escrevê-lo aqui,
                                                        Surgem à flor da pele.                         até não foi um tão grande dilema.
       Sejam radiantes como o sol                       Os olhos começam a brilhar
       livres como o vento                              Com  lágrimas a bailar                                                         João Paçô, 7ºC
       Naturais como as folhas.                         Que teimam em rolar
                                                        Pelo teu rosto de tristeza.                               Quando partiste
       Imitem os animais                                Coberto de incertezas.
       Que dão amor                                     E, assim, transparece                          Quando tu partiste tudo mudou
       Sem complicações.                                O teu grande desespero.                        De uma forma que eu nunca pensei.
                                                        Se algum dia conseguires                       A minha vida de pernas para o ar ficou
       Mas não queiram convencer o mundo                Chegar ao que tanto queres                     Pouco a pouco desabei.
       a transformar desprezáveis ervas                 E teimas em conquistar!
       em rosas e canções.                              Mas tu …                                       Pouco a pouco o meu coração parou
                                                        Tu procuras diariamente                        E a tristeza tomou conta de mim.
       E principalmente não pensem nos males            Com calma ou desespero                         Mas o meu amor por ti continuou
       não sofram por causa deles                       Respostas para tal situação.                   Assim ficarei eu tempo sem fim .
       que são mortíferos                               Mas, quando dás por ela,
       quando se desenham no pensamento de alguém.      Estás novamente                                O meu coração acelera
                                                        No teu estado                                  Quando eu penso em ti.
       Vivam, apenas.                                   Que não é mais...senão                         E o meu mundo desaba
       A morte é para os débeis!                        A tua amiga SOLIDÃO!                           Quando percebo que te perdi .

                          Alba Vaquez e Inês Esteves, 7ºA         Liana Sá, Ass. Operacional - DLDMartins                          Adriana Fernandes, 9ºC






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