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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas de Monção                                               janeiro 2020


                     “A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende.” - Schopenhauer


                 ARTICULADO — 6ºA                                                      AUDIÇÃO DA TURMA — 6ºA
             o  passado  mês  de  novembro,  o  professor  Tiago    o dia 4 de dezembro na Esco-
         N ento,  professor  de  clarinete,  convidou  três  dos  N la Secundária de Monção por
             B
        seus alunos do segundo grau do ensino articulado, Lucas   volta das 19h, realizou-se a audição
        Pires , Sofia Dias e eu própria (Leonor) para participar no   de música da turma do 6ºA.
        IX Concurso Nacional de Jovens Clarinetistas.           Nesta  audição  os  alunos  tocaram
         Este é um concurso promovido pela Associação Portu-   individualmente  as  suas  obras  que,
        guesa de Clarinete (APC) e é constituído por três fases.   ao  longo  do  período,  treinaram  e
        As duas eliminatórias, a local e a regional, decorreram no   praticaram com a ajuda dos profes-
        dia 9 de novembro, em Viana Do Castelo e a final foi na   sores.
        cidade  da  Covilhã,  no  dia  30  de  novembro.  Na  primeira   Lá,  estiveram  presentes  alguns
        eliminatória passamos os três. Foi muito bom, fiquei muito   dos professores da Academia Musi-
        feliz, por mim e também pelos meus colegas. Na segunda   cal da Fortaleza de Valença, familia-
        eliminatória, ainda em Viana do Castelo, só passei eu e o   res da turma e a Diretora da Acade-
        Lucas.  Nem  queria  acreditar  que  éramos finalistas  do   mia.
        concurso!
         Como a final foi na Covilhã, e fica muito longe, aprovei-  Concerto de Natal
        tamos para passar  lá o fim de semana.  Assim, além de
        participar  na  final,  ainda  aproveitamos  para  conhecer  a   No dia 14 de dezembro, na EPRA-
        Cidade, pena não haver muita neve!                     MI, às 21:30h, realizou-se o concer-
         Durante as aulas que antecederam o concurso, o nosso   to de Natal dos alunos da Academia
        professor, Tiago Bento, explicou-nos como tudo se ia pas-  Musical  da  Fortaleza  de  Valença
        sar, e isso ajudou-nos a estar preparados. A final decor-  (AMFV).
        reu na Escola Profissional de Artes da Covilhã. A escola   No  concerto  foram  interpretadas
        estava cheia de alunos de Clarinete e de familiares  que   várias  obras  musicais  pelos  alunos
        os  acompanhavam,  vindos  de  vários  sítios de  Portugal.   de Monção do 5º e 6º ano e de vá-
        Estivemos todos numa sala a treinar e a conhecer-nos até   rios anos dos alunos de Valença.
        cada um ser chamado para um ensaio com um professor     Os  alunos  da  turma  do  6ºA  toca-
        pianista. Depois, foi mais uma espera até à nossa vez de   ram  em  Orquestra  três  músicas
        atuar para uma sala cheia de pessoas, com três júris.    (Marco Takes a Walk, O nosso Natal
         Mesmo  que  nenhum  de  nós  tenha  ganho  um  prémio,   e Jingle Bells) que foram praticando
        estamos  felizes  com  a  nossa  participação  e  ganhamos   ao longo deste período.
        experiência!                                            O  auditório  esteve  esgotado  e  o
                                                               concerto  terminou  por  volta  das
                                           Leonor Pedreira, 6ºA
                                                               23h30.



       OPINIÃO    Adriana Moreira, 8ºA                                           OLHAR SOBRE  ….

                                O próximo                                                                                           Inês Rodrigues. 8ºB

              a  minha  opinião,  acho  que  todos  nós  deveríamos  ajudar  os  sem-               Os sem-abrigo
         N  abrigo, pois nunca se sabe se o próximo pode ser um parente nosso
       ou até mesmo nós próprios. Um pouco de pão, um pouco de água ou até
                                                                                     cho  que,  apesar  de  o  número  de  sem-
       mesmo uma simples moeda pode mudar aquele dia à pessoa, neste caso,       A
       ao sem-abrigo.                                                                abrigos  aumentar  de  ano  para  ano,  to-
         Acho que os sem-abrigo são iguais a nós, só que não tiveram assim tanta   dos podemos ajudar, mesmo com uma mínima
       sorte, por isso deveríamos ajudá-los por duas razões.                    coisa que seja.
         Em primeiro lugar, é importante falar com o individuo, pois não sabemos   Mesmo  que  talvez  alguns  de  nós  tenhamos
       como está a enfrentar esta fase e falar com ele pode deixá-lo mais aliviado   pouco,  temos  de  pensar  que  há  sempre  al-
       e feliz por reparar que alguém se importa com ele. Depois deve-se ajudar de   guém  com  menos  que  nós…  por  isso  todos
       qualquer maneira. Se é um sem-abrigo, a sua situação económica não está   devemos  ajudar.  Não  custa  nada  dar  dois  ou
                                              a ser boa, e pode estar a enfren-  cinco euros quando  vemos um sem-abrigo na
                                              tar uma doença crítica e não ter   rua. Parece pouco? Sim! Mas para eles já vale
                                              dinheiro suficiente para combatê  muito, tanto a nossa contribuição como a nos-
                                              -la, ou pode  não comer há dois   sa atitude.
                                              dias ou não beber, o que  ainda    Por vezes, temos de pensar “E se fosse eu?
                                              se torna mais crítico.            Também  gostaria  que  me  ajudassem…”.  Te-
                                              Espero que, num futuro próximo,   mos  de  nos  pôr  no  lugar  das  outras  pessoas
                                              estas  medidas  sejam  tomadas.   para as podermos entender. Muitas vezes. são
                                              O  sem-abrigo  não  deveria  ser   esses pensamentos que nos fazem refletir.
                                              desprezado   pela   sociedade,
                                              mas, infelizmente, é.  E fico mui-
       to triste, quando vejo pessoas a pedirem na rua com aquele aspeto. Mas o
       que me deixa ainda mais triste é o facto de não me deixarem ajudar e nin-                                       Pelas razões referidas acima e
       guém ajudar. Isto, sinceramente, deixa-me com o coração partido em peda-                                        outras  também  existentes,  de-
       ços. Já dizia Nosso Senhor Jesus Cristo, na Bíblia: “Ajudem o próximo!”. E                                      vemos  ajudar  os  sem-abrigo,
       não devem ser só ajudados os sem-abrigo, mas também qualquer pessoa                                             porque  quem  sabe  se  um  dia
       que esteja a passar por uma má situação económica e não tenha dinheiro                                          seremos nós no lugar deles?
       para comer, beber ou que, como já disse, esteja a enfrentar uma doença.



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