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GRUPO FATECAMP DE ENSINO






                                      CAPELANIA HOSPITALAR
                         Ao visitarmos um enfermo no hospital, estamos
              visitando o próprio Senhor Jesus, que disse: "... adoeci, e me
              visitastes;... sempre que o fizestes a um destes meus irmãos,
              mesmo  dos mais pequeninos,  a mim  o fizestes."  (Mt.
              25vs36a40).
                         Paulo deixou um obreiro por nome de Trófimo
              hospitalizado em Mileto (II Tm. 4v20).
                         Através dos evangelhos, Jesus Cristo é  retratado
              como alguém que se identifica com aqueles que sofrem algum
              tipo de necessidade.
                         Como Emanuel ou "Deus conosco", o Filho de Deus
              encarnou  e  armou tenda entre nós para participar  da nossa
              tristeza e dor, e trazer-nos vida em abundância.
                         O  amor  que moveu  Jesus a morrer  por  nós  será o principal elemento a
              mover-nos neste ministério de apoio e consolação aos enfermos.
                         Nos relatos sobre curas nos evangelhos, a caracterização do sofrimento é
              um traço típico. Com freqüência se fornece a duração da doença: 12 anos (Mc. 5v25);
              18 anos (Lc. 13v11); 38 anos (Jo. 5v5); de nascença (Jo. 9v1; At. 3v2; 14v8). O que se
                                        pretende  alcançar com esse detalhe é enfatizar a sua
                                        gravidade e a grandeza do ato de cura de Jesus.
                                                   Em Êx. 15v29, Deus é comparado a um médico que
                                        cura o povo. Ao se encontrarem com Jesus, os cegos,
                                        paralíticos, leprosos e doentes mentais experimentaram a força
                                        renovadora do Reino de Deus. Sentiram no próprio corpo que
                                        Deus traz nova vida, saúde. São os doentes que, através de
                                        sua cura, entendem a mensagem bíblica e percebem a saúde
                                        como uma porta de entrada para a felicidade.
                                                   Ninguém é poupado da doença. E  a saúde
                                        tampouco  é a única razão da  felicidade. Uma pessoa  que
                                        aprendeu  a conviver  com a sua enfermidade, pode ser uma
                                        pessoa muito  feliz e uma  fonte  de
                                        alegria para aqueles que cruzam o seu
              caminho. Na  Bíblia, a doença  faz parte  da  vida. Ela sinaliza
              para  os nossos limites, para a nossa  transitoriedade, para a
              nossa natureza humana.
                         A cristandade primitiva praticava o co-sofrimento,
              especialmente dentro da própria comunidade de fé, sob forma
              de  fraternidade vivenciada. A comunidade cristã tinha
              consciência de ser Corpo de Jesus Cristo, caracterizado não
              por uniformidade niveladora, mas por solidariedade (Rm. 12v4;
              I Co. 12v12). O que atingia um membro desse corpo, atingia
              também todos os  demais (I Co. 12v26). Ninguém vivia nem
              sofria só para si, pois estava sempre em relação com o seu
              Senhor (Rm. 14v7). Pertencer ao corpo de Cristo e
              compartilhar de seus sofrimentos preserva o crente do isolamento também na dor, na
              aflição. Nesse contexto, sofrer jamais é destino individual.


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                             33 A 2033: OS 2000 ANOS DA IGREJA NA TERRA
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