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GRUPO FATECAMP DE ENSINO
O sofrimento do indivíduo é sempre também sofrimento da Comunidade. Por
essa razão, o Apóstolo Paulo exorta a comunidade de Roma a serem solidários na
alegria e tristeza, no riso e no choro (Rm. 12v15).
Paulo não coloca limites à solidariedade. Ela deve alcançar também o
inimigo (Rm. 12v13), os irmãos de fé, os que estão distantes.
Ouvi alguém dizer que diaconia é a linguagem corporal da Igreja.
Geralmente acontece sem muitas palavras, e é mais sustentada por visões e
convicções profundas do que por argumentos lógicos.
Uma parábola judaica ilustra de forma significativa o
quanto diaconia é realmente a linguagem corporal da Igreja.
ILUSTRAÇÃO: Visitando a casa de uma família da igreja,
o pastor foi atendido pela esposa que o deixou na sala e foi chamar o
esposo. Logo apareceu uma menina, filha do casal, carregando seu
irmão mais novo, mas que era um tanto pesado. Me
dirigi a menina e disse:
- Minha filha, carregas um pesado fardo.
Ela me olha e diz: - Não pastor, não é um fardo, é
meu irmão.
ILUSTRAÇÃO: Esta nos mostra com
muita clareza quando a nossa Igreja consegue sair
da noite e vivenciar a luz do dia.
Um velho rabino perguntou certa feita aos discípulos como
se podia saber o momento em que a noite acaba e o dia começa.
Seria quando é possível distinguir de longe, sem
dificuldade, um cão de um carneiro? – Não! – disse o rabino. Seria
quando é possível diferenciar uma tamareira de uma figueira? – Não!
– disse o rabino. - Mas, então, quando é? – perguntam os discípulos.
O rabino responde: - Quando, olhando o rosto de qualquer homem,
reconhecemos o nosso irmão ou a nossa irmã. Até então, ainda é noite no nosso
coração!
Enquanto há serviços que podem ser realizados com eficiência porque a
pessoa tem uma aptidão natural ou habilidade adquirida através de treinamento, a
tarefa de ministrar aos enfermos requer efetivamente vocação para isso. Vocação =
chamado.
OQUE É A CAPELANIA HOSPITALAR?
Consiste basicamente num ministério de apoio,
fortalecimento, aconselhamento e consolação desenvolvido
junto a enfermos e seus familiares, bem como junto aos
funcionários e médicos de um hospital. É um serviço de
dimensão holística que considera o enfermo uma unidade
pluridimensional que deve ser tratado como um todo.
Consiste em levar conforto em horas de angústia, incerteza,
aflição e desespero, e compartilhar o amor de Deus através de
atitudes concretas: palavras, orações, textos bíblicos, gestos,
presença, silêncio. É um ministério de reconciliação do enfermo consigo mesmo, do
enfermo com outras pessoas, do enfermo com Deus, do enfermo com a sua Igreja, do
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33 A 2033: OS 2000 ANOS DA IGREJA NA TERRA