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GRUPO FATECAMP DE ENSINO




              nervosismo, insegurança, medo, vergonha, constrangimento. Há pacientes que se
              sentem humilhados, quando precisam de ajuda para urinar e
              defecar. A depressão pode aumentar a sensibilidade à dor.
                         A própria internação num hospital, muitas vezes,
              já implica num processo em que a pessoa tem um  forte
              sentimento de perda de  individualidade,  de  identidade. Às
              vezes, nem sequer Tem condições de  escolher o seu
              médico. Ela é designada para um determinado médico.
              Quando internada no CTI, as suas roupas são substituídas
              por roupas do hospital. Muitas vezes, passa  de  um
              profissional para outro, de um exame para outro, sai de um
              aparelho  para  entrar em outro.  Tudo isso pode causar
              desorientação, tensão, angústia, ansiedade.
                         Crianças, quando hospitalizadas, vivenciam a sua doença de uma maneira
              mais intensa do que os adultos. Sofrem tremendamente com a separação da mãe e do
              pai. Os pais são o centro de orientação em seu mundo. Alimentação, afetividade, amor,
              segurança, estabilidade,  regras  comportamentais – tudo vem dos pais. A ruptura  é
              muito forte. Algumas crianças pedem para levar os seus bichinhos para o hospital, para
              compensarem um pouco a ausência da família. Para não se sentirem tão sós e terem
              algo para acariciar...  Além do atendimento médico,  a criança precisa de atenção,
              segurança, do aconchego e do conforto do corpo de uma pessoa querida. Precisa da
              proximidade dos pais e irmãos, de diálogo. É imprescindível para ela poder confiar nas
              pessoas que cuidam dela.
                         Tanto para a criança quanto para o adulto, o carinho e o apoio da família e
              de amigos é como  aquela rede que, no circo, garante a segurança dos artistas
              malabaristas. Os laços com nossa família, nossos amigos e irmãos de igreja podem
              carregar-nos no tempo difícil da doença.


                              PREPARANDO PARA A PRÁTICA DO

                           SERVIÇO DE CAPELANIA HOSPITALAR
                                              01) Prepare-se para a visita, orando. Peça a orientação
                                  do Espírito Santo, o grande Consolador. Ore a Deus, pedindo que
                                  ele use você como instrumento de cura,  perdão, reconciliação,
                                  esperança, vida;
                                              02) Informe-se sobre a  melhor hora para visitar o
                                  paciente. Evite visitas na hora  das refeições e do  repouso. Evite
                                  também visitar o enfermo, quando ele estiver recebendo a visita de
                                  seus familiares. O paciente sente muita saudade da família, e sente
                                  necessidade de estar com ela num clima de maior privacidade;
                                              03) Cuide da sua aparência pessoal. Use roupas limpas,
                                  simples, discretas. Dispense jóias. Evite perfumes fortes. O enfermo
                                  costuma ser muito sensível a odores, luz forte, cores vivas, sons;
                                              04) Cuide da sua própria saúde física e psicológica. Não
                                  faça visitas, quando estiver doente;
                                              05) O Senhor visitou o seu povo e veio buscar e salvar o
                                  perdido. Chama-nos a seu serviço. Através de você, o Senhor quer
              continuar a sua missão de visitar o seu povo e de buscar e salvar o perdido. Portanto,


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                             33 A 2033: OS 2000 ANOS DA IGREJA NA TERRA
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