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Pedro, sugeriu uma alternativa de pesquisa que foi a escrita
dos diários de campo. Todos os dias, após a vivência em
sala de aula, eu escrevia resumidamente o que tinha se
passado naquele dia, junto das minhas observações e
aprendizados.
Além dos diários de campo, fotografei alguns momentos
que me chamavam atenção e sem querer criei uma
coleção de registros e impressões.
Quando chegou a hora de pensar num projeto final, a ser
apresentado como exigência para titulação, quis reunir um
parte dos meus aprendizados, das minhas vivências e
reflexões.
Foi então que escolhemos juntar as anotações dos meus
diários, criar narrativas visuais com minhas fotografias,
aprofundar nos conceitos e conhecer outras teorias a partir
do referencial teórico selecionado por nós.
Tive influência de algumas características da Pesquisa
Participante, onde ensino e pesquisa se confundem. A sala
de aula se fez meu lugar de pesquisa e esse lugar é também
o local de aprendizagem. Eu aprendo com aquele que é
pesquisado: foi o que as crianças me proporcionaram.
O fio condutor da construção do projeto foi a criação de
narrativas visuais, que segundo Guimarães (2010, p. 36) “são
poderosas ferramentas de apreensão cognitiva, de
construção de uma trajetória de pesquisa e de apreensão
pedagógica.”