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                  “A carreira em Y é essa alternativa, de manter a possibilidade de crescimento

               num eixo que é técnico; então, o profissional continua se desenvolvendo tecni-

               camente e tem o mesmo status em termos de poder e remuneração comparado
               àqueles que ocupam cargos de gestão”, revela Treff.



               Novas configurações

                  Pensar num plano de carreira que privilegie o conhecimento técnico ou especia-

               lizado da mesma forma que valoriza as competências de liderança é essencial

               para que as empresas consigam gerenciar melhor seu capital intelectual. “Perder um
               excelente técnico é muito ruim, porque faz com que a empresa perca o know-how

               e, muitas vezes, ela não tem como reaver esses conhecimentos”, comenta a diretora
               de remuneração da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil) e

               diretora da consultoria IMC Desenvolvimento Empresarial, Iêda Vecchioni.




                                               O modelo linear de crescimento

                                        nas organizações talvez já não atenda

                                                    mais às necessidades nem

                                       da empresa nem dos novos profissionais





                  Na carreira em Y, um profissional                                é a dos gerentes de projetos, que

               que tenha um excelente desempe-                                     têm equipes, mas apenas naquele
               nho técnico pode tanto ser promo-                                   período em que estão gerenciando

               vido para um cargo de líder quanto                                  um determinado projeto.” O gestor

               para um car go de especialista. Ao                                  de projetos, neste caso, assume ape-
               oferecer possibilidades de cresci-                                  nas a responsabilidade técnica pelos

               mento com remuneração e benefí-                                     times, que são mutáveis, de acordo
               cios equivalentes, a organização per-                               com os projetos.

               mite que cada pessoa construa uma                                      Independentemente do formato que

               trajetória com base em suas compe-                                  a organização vai seguir, a especialis-
               tências e interesses.                                               ta sublinha que a definição do plano

                  O eixo da especialidade, na carreira                             de carreira depende de direcionado-

               em Y, acaba por reunir “pessoas mui-                                res estratégicos. Para isso, a empresa
               to boas em resolver problemas, fazer                                precisa instituir ou reavaliar aspectos

               pesquisa e trazer inovações”, exem-                                 como missão, visão e valores, e uma

               plifica Vecchioni. Ela ainda menciona                               estrutura organizacional condizente
               outro modelo menos conhe cido, cha-                                 com esses direcionadores.

               mado carreira em W, que também pode
               ser considerado pelas organizações.                                 Personalização e diversidade

                  “A carreira em W também tem a tri-                                  “Cada organização vai ter que bus-

               lha da liderança, da especialização,                                car o melhor modelo dentro daqueles
               e tem uma terceira possibilidade que                                existentes (linear, horizontal, paralelo,




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