Page 185 - Demolidor - O homem sem medo - Crilley, Paul_Neat
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Foggy vem até sua mesa. Cumprimentam-se e ele se senta.
– Não estão tão ruins. E você?
Matt dá de ombros.
– Estou preso procurando modos de corporações sem rostos escaparem
dos impostos. Não é exatamente o que sonhei fazer quando me matriculei
em Columbia.
– Parece que não está gostando muito.
– Não estou – Matt admite. – Na verdade, não. Eu quero trabalhar com as
pessoas. Sabe? Lutar a boa luta? Eu odeio fazer essa coisa de grandes
negócios.
– Confia em mim. Você não quer trabalhar com pessoas. Elas são terríveis.
Todas elas. Quero dizer, neste momento estou afogado em uma ação
coletiva contra o dono de um cortiço. O babaca expulsou todos os
inquilinos para poder derrubar o prédio. Ele está acabando comigo.
O pastrami no pão branco de Foggy é jogado sem cerimônia na mesa. Ele
se lança sobre ele, enfiando a comida na boca como se não comesse há
semanas. Matt sorri. Algumas coisas nunca mudam.
– Ei – Foggy diz com a boca cheia –, se você quer tanto trabalhar com
pessoas, que tal me ajudar? Eu normalmente não pediria, mas esses caras…
eles não têm para onde ir. Se essa ação judicial falhar, todas elas estarão na
rua. Você poderia… dar uma olhada?
Matt nem precisa pensar.
– Claro.
– Sério?
– Sim. Como posso dizer não a um velho colega de quarto?
• • • •
Eles se encontram no minúsculo apartamento de Foggy depois do
trabalho, repassando anotações sobre o caso, as histórias, os regulamentos
de edifícios.
– O nome do cara é Cornelius Drexel – diz Foggy. – Ele é dono de uma
porrada de prédios, todos eles caindo aos pedaços, e se recusa a fazer