Page 180 - Demolidor - O homem sem medo - Crilley, Paul_Neat
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– Dezessete?
– E isso só nos últimos cinco anos. Sally está verificando antes disso, mas
vai demorar um pouco ainda.
Ben lê os nomes. Alguns deles pareciam familiares.
– Por que alguns deles soam familiares? – ele pergunta, tocando um dos
relatórios.
Erin gira o arquivo para ela.
– Ah. Ele era da máfia local. Houve muito estardalhaço quando
encontraram seu corpo. Você deve ter visto nas notícias.
– Máfia?
Erin assente.
– Ele e mais… – Ela folheia a pilha e retira mais dois relatórios. – Esses
outros dois.
Ben verifica as datas das mortes. Todas aconteceram alguns anos atrás, por
volta da mesma época em que ele começou a trabalhar no Clarim.
Ben para de se mover. Ele mal consegue respirar.
– O quê? – pergunta Erin.
Bem na mesma época em que ele começou no Clarim… que foi a mesma
época em que Gabriel Mcavoy foi assassinado. Ele não estava cobrindo
uma história sobre drogas, não é? Ele estava trabalhando em uma história
sobre a máfia e policiais corruptos.
William Boyd. Ele ainda era policial naquela época? Ben acha que era. E
mudar de policial para candidato da maioria em alguns anos é bastante
impressionante. A não ser que ele realmente tenha tido ajuda do Rei do
Crime como seu ex-parceiro morto disse.
Qual é a linha de pensamento ali? Boyd começou como um policial na
força. E então encontrou o Rei do Crime, o novo chefe da máfia. Mas
naquela época ele ainda não era o chefe. Era apenas outro cara da máfia.
Um cara com ambições. Boyd fazia favores para ele e, em troca, Boyd foi
promovido antes do tempo.
Então esse Rei do Crime fez sua jogada. Rigoletto desapareceu. O Rei do
Crime assumiu, e os caras da máfia nos arquivos de Erin acabaram mortos.
– Ele estava limpando a velha guarda – murmura.