Page 177 - Demolidor - O homem sem medo - Crilley, Paul_Neat
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Ben verifica novamente suas anotações e encontra o nome do policial que
disse que Boyd era corrupto. Ele digita no Google. A primeira página que
aparece é um relato sobre um assalto com vítimas. O policial e sua esposa
foram assassinados por ladrões.
As gargantas foram cortadas.
Ben verifica a data do relato. Uma semana depois de o policial ter ido a
público com suas acusações contra Boyd.
A excitação no estômago de Ben começa a amargar, ficando ácida de
medo.
Muda de tática, decide encontrar relatos de pessoas que foram mortas do
mesmo jeito – uma facada no pescoço. Talvez descubra quem está fazendo
todo esse trabalho sujo.
Ele digita na área de busca, aperta o botão ENTER. Resultados demais.
Seus parâmetros de busca são muito vagos. Ele precisa de conhecimento
interno.
Pega seu telefone e encontra o número nos contatos. Toca por um bom
tempo antes que alguém atenda.
– Quenhé?
– Erin?
– Que…? Quem é?
– Ben.
– Ben? Espera… o quê… – Ele ouve o ruído de alguém se mexendo, e
então xingando com a voz abafada. – São três da manhã! – ela berra.
Ben se contrai.
– Desculpa. O trabalho me distraiu. Não me dei conta de que era tão tarde.
– O que você quer?
– Um favor.
– É, imaginei. As únicas ligações que recebo essa hora são de bêbados ou
de gente pedindo favores, e eu não me lembro de a gente já ter feito coisas
obscenas. – Uma pausa. – A não ser que tenhamos ficado muito bêbados e
eu não me lembre.
– Não, Erin. Nunca fizemos nada.
– Que alívio.