Page 207 - Demolidor - O homem sem medo - Crilley, Paul_Neat
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– E vamos dividir os lucros? – Sally pergunta, desconfiada.

                  – Sessenta por cento para mim. Quarenta para vocês – responde Clay.
                  – Não – diz Sally. – Divisão por três.
                  – Não, não. São meus contatos. Sem eu, vocês têm um pen drive e um

                prêmio pela cabeça de vocês.
                  Sally puxa Sylvio de lado para falar com ele. Clay suspira e olha para as

                nuvens.  Parece  que  vem  vindo  mais  neve.  Ele  olha  sem  atenção  para  os
                tetos… e para. Franze a testa. Acha que viu algo se movendo lá em cima.

                Observa a silhueta, mas, seja lá o que for, já foi.
                  – Cinquenta a cinquenta.

                  Clay suspira. Que diabos importa o que disser a eles? Vai matá-los de todo
                jeito.
                  – Tá certo. Está combinado.

                  Um Sylvio sorridente estende a mão. Clay ignora e olha para Sally.
                  – O pen drive?

                  – Nós trazemos para o leilão.
                  Clay pensa a respeito, considera exigir que entreguem. Mas sabe que ela

                não vai entregar. Sally não confia nele. Pode ver em seus olhos. Ela quer
                controlar  tudo  isso  o  máximo  que  puder.  Tudo  bem.  Vai  lidar  com  eles

                depois. Tudo o que precisa é do pen drive no leilão. Não importa quem vai
                trazê-lo.
                  – Entro em contato a respeito da hora e do lugar. Eu vou tentar arrumar

                tudo  para  amanhã.  Não  sei  quanto  tempo  Eddie  vai  levar  para  descobrir
                sobre vocês dois. Se ele descobrir, vai fazer com vocês o que fez com seu

                amigo.
                  Vendo os olhares preocupados, ele sorri.

                  – E agora garotos, tenham uma ótima noite, ouviram?
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                  Clay vai para casa. Não para o apartamento lixo da Rua 48 – lá é apenas

                onde ele trabalha, algo que Eddie Boyd arrumou para fazerem os filmes. Ele
                tem um lugar em Manhattan onde dá para morar. Um lugar onde você não

                precisa tomar vacina antitetânica para entrar.
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