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            Santos, que viria a ser o Comandante da Bateria de Comando, constituída nesse mesmo

            mês. É com este efetivo que o GAC participa pela primeira vez num exercício, o ORION 77.
            Em  janeiro  de  1978,  após  concluído  o  3º  TI/77  é  constituída  a  2ª  BBF,  tendo  como

            primeiro  Comandante  o  Cap  Art  Aniceto  Afonso.  A  partir  do  início  desse  ano  as  BBF

            começam a estar em Santa Margarida num sistema de rotatividade, por períodos de cerca
            de mês e meio, onde são sujeitas a um treino intenso, incluindo a realização de fogos reiais.

            Nesse  mesmo  ano,  e  após  concluído  o  2º  TI/78  é  constituída  a  3ª  BBF,  tendo  como
            Comandante o Cap Art Jesus Duarte. Ainda neste ano o GAC integra pela primeira vez num

            Exercício da NATO, o DISPLAY DETERMINATION no nordeste de Itália, participando com

            uma célula de resposta constituída por 13 Oficiais e Sargentos. O levantamento do GAC só
            viria  a  ficar  concluído  em  janeiro  de  1979,  com  a  criação  da  Bateria  de  Serviços,

            comandada pelo Cap Art Mira Monteiro.

                   Com  a  criação  da  1ª  BMI,  o  EP  reiniciou  um  novo  ciclo  de  esforço  de
            reequipamento, que veio a ser obtido na sua maior parte com a ajuda dos países da NATO.

            Essa ajuda foi proveniente da ex-República Federal da Alemanha (RFA), da Itália, do Reino

            Unido, dos Estados Unidos da América (EUA), do Canadá e da Noruega. No âmbito desses
            planos de ajuda, aprovados e aceites pelo nosso país, chegaram a Portugal em 15 de junho

            de 1976 as primeiras 20 viaturas blindadas de transporte de pessoal (VBTP) M 113 A1 e,

            em 28 do mesmo mês, os primeiros cinco carros de combate (CC) M 48 A5 (Ramalho,
            1999, p. 112). Nesta primeira fase a Artilharia de Campanha (AC) da 1ª BMI ainda não

            previa a aquisição de qualquer obus, recorrendo-se ao equipamento do GAC com recurso

                                                          a um obus que já se encontravam ao serviço
                                                          do EP, o obus 10,5 cm Krupp m/19414. Este

                                                          tinha sido adquirido à Alemanha em 1941,

                                                          sendo, logo à partida, totalmente obsoleto e
                                                          desadequado  face  às  caraterísticas  do

                                                          ambiente  operacional  à        época,  não
                                                          respondendo      de    modo      algum     às


                  Figura 2 – Obus 10,5 cm Krupp m/1941    necessidades de apoio de fogos às unidades
                       Fonte: (Arquivo GAC 15.5 AP)
                                                          de manobra da 1ª BMI.




            4  Nomenclatura de origem: 10,5 cm Leihte Feldhaubitze 18 L/28. Foram adquiridas duas variantes base deste
            material, o K (Krupp) e o R (Rheimetall), com um alcance efetivo de 10 810 metros (Rubim, 2014).
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