Page 19 - autopropulsionado
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                   Figura 5 – GAC no Exercício ARDENT GROUND 81    Figura 6 – Exercício ARDENT GROUND 81
                              Fonte: (Arquivo BrigMec)                    Fonte: (Arquivo BrigMec)


                         Ainda que a aquisição dos obuses M101A1 tenha representado uma melhoria nas
                  capacidades de assegurar o apoio de fogos à 1ª BMI, o GAC continuava a apresentar uma

                  lacuna  quantitativa  e,  acima  de  tudo,  qualitativa.  A  unidade  era  constituída  por  três

                  baterias de bocas-de-fogo, insuficientes para assegurar o apoio à brigada no seu todo,
                  dado que esta era constituída numa base quaternária, com um batalhão de Infantaria

                  mecanizado, dois motorizados e um grupo de carros de combate. Apesar do obus M101A1

                  ter  introduzido  um  incremento  ao  nível  do  alcance  e  da  cadência  de  tiro,  continuava
                  notoriamente aquém no que diz respeito ao poder de fogo, devido ao calibre, bem como

                  ao nível da mobilidade, dado ser um material rebocado, apresentava fortes limitações na

                  capacidade de  acompanhamento das  unidades de  manobra  mecanizadas  (Batalhão de
                  Infantaria Mecanizado e o Grupo de Carros de Combate). Tal como referiu à data o Cor Art

                  Cardoso de Almeida, num artigo publicado na Revista de Artilharia (1979, pp. 127-131),

                  relativamente à aquisição o obus M101A1: “No que respeita a bocas de fogo, é sempre
                  difícil dizer-se  quando se  está em dia quando se  está ultrapassado. Se  estar em dia é

                  acompanhar a nossa evolução pela dos outros países da NATO, então parece não haver

                  dúvida que não demos nenhum passo em frente. (…) Para o GAC da 1ª BMI, o M101A1 terá
                  de ser forçosamente encarado como uma solução transitória, que terá de evoluir, mais

                  cedo ou mais tarde, para um obus 15.5 AP”.
                         Deste modo, era evidente a necessidade de prover o GAC de maior poder de fogo

                  aliado a uma maior mobilidade. Foi perante este cenário que o EP optou pela aquisição de

                  um  obus  Autopropulsionado   (AP),  tendo  a  escolha  recaído  pelo  sistema  que  à  data
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                  9  A expressão “Autopropulsionado” foi reintroduzida em 2017, com a aprovação do Quadro Orgânico que
                  acrescentou  esta  designação  ao  nome  da  Unidade,  i.e.,  Grupo  de  Artilharia  de  Campanha  15.5
                  Autopropulsionado.  Anteriormente,  o  termo  comumente  utilizado  era  o  de  Autopropulsado,  contudo,
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