Page 20 - autopropulsionado
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            equipava a grande maioria das unidades mecanizadas/blindadas dos exércitos aliados

            pertencentes à NATO e não só , o Obus AP M109A2 155mm. Assim, em 1980 deu-se início
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            ao  processo  aquisitivo,  em  que  a  natureza  “mista”  da  1ª  BMI,  numa  combinação

            mecanizada e motorizada, teve influência na escolha deste obus no domínio genético, mas

            também viria a promover alterações ao nível das estratégias estrutural  e operacional .
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            Deste  modo,  em  1981  procedeu-se  à  aquisição  aos  EUA  de  seis  obuses  M109A2  e
            respetivas viaturas de transporte de munições M548 com a finalidade de se constituir
            uma  quarta  BBF,  passando  deste  modo  o  GAC  também  a  assumir  uma  estrutura

            quaternária, de modo a poder aumentar a sua capacidade de apoio de fogos às unidades

            de manobra da Brigada (Rêgo, 2011, p. 12).
                   A aquisição dos M109A2 representou, à data, um enorme salto tecnológico ao nível

            da AC em Portugal, considerando não só o período de “adormecimento” que a Artilharia

            enfrentou durante a Guerra Colonial, para a qual o EP teve de se readaptar para novas
            necessidades, quer genéticas, quer operacionais. No domínio dos sistemas de armas, os

            obuses até então ao serviço, em termos tecnológicos, eram todos do período da 2ª Guerra

            Mundial,  e  em  termos  operacionais,  os  13  anos  do  conflito  nas  antigas  províncias
            ultramarinas tinham impedido ao acompanhamento dos desenvolvimentos ao nível das

            técnicas,  táticas  e  procedimentos  (TTP)  da  AC.  Para  preparar  a  receção  deste  novo

            sistema, de 11 a 22 de maio de 1981 deslocou-se uma delegação de Oficiais e Sargentos à
            RFA, para observar e recolher ensinamentos junto de uma brigada dos EUA equipada com

            obuses AP M109A2, colocada naquele território no âmbito da estratégia dissuasiva da

            NATO face ao Pacto de Varsóvia. Com a aquisição deste sistema de armas o EP passou a


            aquando da receção dos primeiros obuses M109A2 e da criação da 4ª Bateria em 1981 a designação usada
            era a de Autopropulsionado. Deste modo, e por uma questão de coerência e de uniformização, doravante é
            adotada a designação de Autopropulsionado.

            10  Atualmente, a plataforma M109 nas suas várias versões, constitui-se no obus AP mais utilizado em todo
            o  mundo,  equipando  no  total  24  países:  Arábia  Saudita,  Áustria,  Bahrain,  Brasil,  Chile,  Coreia  do  Sul,
            Dinamarca,  Djibuti,  Egipto,  Emiratos  Árabes  Unidos,  EUA,  Espanha,  Grécia,  Irão,  Iraque,  Israel,  Itália,
            Jordânia, Kuwait, Marrocos, Paquistão, Portugal, Perú, Suíça, Taiwan (Defence iQ, 2019).
            11   Estratégia  que  tem  por  objetivo  a  deteção  e  análise  das  vulnerabilidades  e  das  potencialidades  das
            estruturas existentes, com  vista à definição das medidas mais adequadas, incluindo a criação de novas
            estruturas,  que  conduzam  à  eliminação  ou  atenuação  das  vulnerabilidades,  a  um  reforço  das
            potencialidades  e,  em  última  análise,  a  um  melhor  rendimento  dos  meios  ou  recursos.  A  estratégia
            estrutural responde essencialmente a seguinte pergunta: que estruturas devem ser eliminadas, corrigidas,
            desenvolvidas ou criadas, de forma a que se reduzam as vulnerabilidades e se reforcem as potencialidades,
            obtendo um melhor rendimento dos meios e recursos? (Couto, 1988, p. 232).
            12  Estratégia que trata da conceção e execução da manobra estratégica, procurando não só conciliar os
            objetivos a atingir com as possibilidades proporcionadas pelas táticas e técnicas do domínio considerado
            (Couto, 1988, p. 231).
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