Page 21 - autopropulsionado
P. 21
21
13
dispor de um obus dos mais recentes e com tecnologia de ponta, e que à data equipava
as unidades de AC dos exércitos mais evoluídos na NATO, incluindo as dos EUA.
O cariz autopropulsionado dos obuses M109A2 naturalmente não favoreciam a sua
localização no RAL, juntamente com o restante Grupo, tendo sido tomada a decisão da 4ª
Bateria ser colocada em permanência em Santa Margarida. o que viria a acontecer a 16 de
setembro de 1981. No sentido de preparar a receção dos novos obuses, o Exército dos
EUA fez deslocar previamente a Portugal uma equipa de militares [Mobile Training Team
(MTT)] para ministrar de 22 de junho a 14 de agosto formação no âmbito das TTP e da
manutenção. Esta formação viria a ser o embrião para os futuros cursos de AP para
Oficiais e Sargentos, posteriormente designado por Curso de Artilharia AP (CAAP).
Figura 7 – MTT ministrado por militares dos EUA em Santa Margarida
Fonte: (Arquivo GAC 15.5 AP)
A 16 de setembro de 1981 deu-se então início ao levantamento da 4ª Bateria em
Santa Margarida, tendo como primeiro Comandante o Cap Art Manuel Apolinário,
procedendo-se à receção dos seis obuses AP M109A2, seis M548 e de um M577 PCT. Na
sequência da receção dos obuses e para teste dos mesmos, a primeira sessão de fogos
13 Os obuses da família AP M109 começaram a ser desenvolvidos no início da década de 1960 (versão M109
e M109A1) com o intuito de serem empregues em combates de alta intensidade, dentro de uma conceção
de confronto na Europa entre tropas blindadas da NATO e do Pacto de Varsóvia (Zaloga & Bryan, 2005, p.
9). A versão A2 deste obus foi desenvolvida no início da década seguinte vindo a equipar grande parte dos
exércitos da NATO. Estas duas versões viriam ainda a ser empregues pelo Exército dos EUA na 1ª Guerra do
Golfo em 1991, assim como pelos ingleses, uma vez que à data os modelos do obus AS-90 ainda estavam em
fase final de produção nesse país (Zaloga & Bryan, 2005, p. 37).