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Planta de Salvador, de
1625 a 1631, atribuída
ao cosmógrafo
português João
Albernaz, incluída no
Livro que dá Razão do
Estado do Brasil, de
Diogo de Campos
Moreno.
para substituí-la: um muro de taipa em torno do qual se também traz informações interessantes sobre o início
encontravam profundos fossos. Segundo Carneiro (1980), das construções na cidade:
o muro “era de boa, e grossa taipa, de barro, e madeira”.
as casas, de princípio, se construíram todas térreas,
Há, inclusive, uma grande discussão entre os historiadores
feitas de taipa de mão e somente coberta de palma.
3
sobre a verdadeira localização do muro .
as fortificações de entorno fizeram-se também de
Outro elemento de interesse foi a evolução do núcleo pau a pique, à semelhança das cercas, ou estacadas
primitivo a partir de 1549. Teodoro Sampaio (1949) em uso nas aldeias do gentio.
3 Sobre essa discussão ver CARNEIRO, Edison. A cidade Luís Dias, mestre de obras, em carta de 1551 afirmava
do Salvador 1549: uma reconstituição histórica. 2 ed. estarem concluídas as obras mais importantes da cidade.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980; SAMPAIO,
Teodoro. História da fundação da cidade de Salvador. Bahia: … oito casas e o que menos tem dão seis casas e
Beneditina, 1949; e SOUZA, Gabriel Soares de. Tratado são as dez de taiparia, que as outras são de parede
38 descriptivo do Brasil em 1587, 3 ed. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 1938. de mão e de madeira e barro e feno […] por
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