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Nossa Senhora de Guadalupe, de construção atribuída
ao ano de 1776, segundo documento arquidiocesano
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de meados do século XIX . Outras fontes manuscritas
indicam que a Irmandade dos Pardos de Nossa Senhora
de Guadalupe, sediada na capela homônima, detinha
diversas propriedades nas redondezas, onde talvez, após
a constituição da paróquia, começara uma ocupação
intensa nas adjacências do rio das Tripas, e com isso a
demarcação desse quarteirão . 7
Nessa discussão é importante compreender a
implantação de uma canalização receptora de águas
servidas (fluviais e pluviais também) na área central do
quarteirão referido (quarteirão 31, figura 6) e no vizinho
ao norte dele (quarteirão 28). A estrutura foi introduzida
nos espaços vazios dos quarteirões, atravessando ambos.
Essa canalização é a mais recente entre as analisadas
com a mesma função . Ambos os quarteirões foram
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constituídos e ocupados em período posterior ao do
quarteirão 22.
Na figura 6 é possível visualizar o espaço físico em
discussão, onde indicamos o curso das galerias.
Estão inseridos os prováveis trechos das canalizações
No quarteirão 28, a galeria decai no sentido norte-sul
identificados na pesquisa arqueológica e por meio de
e situa-se sob a casa 31, que tem a fachada principal Figura 6 –
documentos históricos. Detalhe do
voltada para a rua São Francisco. Passa sob essa rua, tal traçado nos
como a outra grande canalização dos quarteirões 22 e quarteirões onde
6 ARQUIVO Público do Estado da Bahia (doravante APEB), as galerias foram
seção colonial, notícias das igrejas da capital da Bahia, 30. Seguindo o mesmo sentido, adentra o quarteirão
1852-1888, doc. 5241, p. 52. vizinho (31) entre as casas 22 e 24 na rua São Francisco, identificadas.
7 APEB, seção colonial, livro do tombo dos bens de e daí em diante segue pelos quintais.
todas as ordens terceiras, confrarias, irmandades de
Salvador,1851-1853. Seu último trecho identificado é o do quintal da casa
8 O exame dos materiais arqueológicos em contato 41 da rua 28 de Setembro, no quarteirão 31. A extensão
com a galeria e dos próprios elementos construtivos
utilizados na sua confecção aponta para um recuo a seguinte, até alcançar o rio das Tripas, é apenas uma
meados do século XIX. Documentos manuscritos desse probabilidade (figura 6, linha larga de cor lilás), mas 83
período também tratam da inserção dessa canalização. adicionam-se as informações históricas que apontam
Programa monumenta – IPhan