Page 139 - Reino Silencioso_O Mistério dos Corais Desaparecidos
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Takashi, que antes buscava respostas nos gráficos e sensores, agora apenas
    observava. Pela primeira vez, não tentava explicar — apenas sentir.


           As bolhas se intensificaram, e as cores do recife brilharam com uma sincro-
    nia suave, como se respondessem à presença de cada um. Quando Lívia se aproxi-
    mou do centro, as algas em volta balançaram num ritmo que lembrava uma sauda-
    ção.


           Helena se virou lentamente para o grupo: — “Talvez não seja o fim de uma
    missão. Talvez seja o início de algo maior... uma aliança.”





           Quando voltaram à superfície, o silêncio entre eles era diferente. Não era
    ausência de palavras, mas presença de algo maior — um entendimento partilhado.
    Não bastava mais observar ou registrar. Agora sabiam: eram parte daquilo tudo.


           Na sala de reuniões do Instituto, ainda com os cabelos molhados e os olhos
    cheios de brilho, espalharam as imagens captadas no visor digital. Formas circulares,
    padrões coloridos, movimentos que lembravam ondas dentro de ondas — como se o
    recife tivesse deixado uma assinatura visual em cada bolha.


           — “É como se estivéssemos... conectados,” disse Theo, apontando o dedo so-
    bre uma das imagens ampliadas. “Não só com o recife, mas com tudo que vive nele.”


           Helena assentiu, sem tirar os olhos das formas luminosas. — “Essa aliança
    não foi feita em palavras. Foi feita em gestos. Em respeito. Em escuta.”
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