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Teatro da Rua dos Condes


               assentos». Os camarotes são apresentados como sendo «mesquinhos como tudo o mais», uma vez que o
               Teatro não tinha foyer, pelo que «cada um fica exposto à porta da rua ou no aperto dos corredores, até que
               chegue a carruagem que o há-de transportar»

                     O “Theatro da Rua dos Condes” fechou definitivamente as suas portas a 20 de Maio de 1882, após a
               última representação da peça “Os Sinos de Corneville”, tendo sido demolido, ainda nesse ano, quando uma
               comissão reunida com o objetivo de averiguar as condições de segurança nos teatros da capital o decretou
               um perigo para o seu público.

                     Nos terrenos do velho “Theatro da Rua dos Condes” , viria a ser construído, em 1888, um novo teatro,
               que ficou conhecido como o novo “Theatro da Rua dos Condes”. Entre a demolição de um e a construção do
               outro, esteve em funcionamento, naquele mesmo lugar, entre 1883 e 1886, um pequeno teatro denominado
               “Theatro Chalet”, comummente chamado “Chalet do Araújo”, nome retirado do seu proprietário: o actor Manoel
               José de Araújo. Este teatro vinha da zona do Salitre, onde funcionara desde 1843.













































                                                  Primitivo “Theatro da Rua dos Condes”


                     Todavia, os anos de atividade deste espaço estão envolvidos em alguma incerteza, uma vez que há
               autores, como Luís Soares Carneiro, que apontam como possibilidade que a sua demolição tenha ocorrido
               apenas em 1888. O “Theatro Chalet” foi caracterizado por vários autores, entre eles Gervásio Lobato, como
               um «(…) reles barracão de madeira que, apesar de não ter grandes condições, deu ao seu proprietário lucros
               consideráveis.»

                     «Havendo a camara municipal de Lisboa resolvido alargar a rua dos Condes, ficou decidida ao mesmo
               tempo a destruição da casa de espectaculos  que d'ella tirava  o nome. (...).Hoje,  no local  em que existiu a
               construcção durante quasi cento e cincoenta annos, está armado o barracão denominado Theatro Chalet, cujo
               dono  ainda explora o renome do velho colyseu, escrevendo as palavras Rua dos Condes em grandes letras
               no seu cartaz. E o caso é que o publico lá acóde, em chusma, todas as noites. Porque se não há de aproveitar

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