Page 59 - Teatros de Lisboa
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Teatro do Príncipe Real / Teatro Apolo
Na companhia estreiou-se uma actriz de grande valor, Margarida Clementina, irmã da actriz Anna
Pereira; esta egualmente, os actores Gama, Bayard, César de Lima, Paulo Martins, Gil, etc. O theatro do
Principe Real, que depois foi modificado, transformando- se n'uma bonita casa de espectáculos, tem tido
epochas brilhantissimas, principalmente a do actor Santos, a de Rossi, a de Paladíni, a da Preciozi e Maria
Denis e muitas outras.»
1873
No final da primeira temporada da companhia “Theatro Livre”, em 1905, Araújo Pereira e Luciano de
Castro - seus fundadores em 1904 - abandonaram esse projeto para fundar, com Simões Coelho, a
companhia “Theatro Moderno”, que ficou sediado no “Theatro do Príncipe Real”, onde se apresentara, antes, a
companhia “Theatro Livre”. A companhia “Theatro Moderno” teve, contudo, uma existência ainda mais
efémera do que o seu antecessor, durando apenas o mês de Julho de 1905. Sob a direção artística de Araújo
Pereira, destacou-se por ter levado à cena um repertório exclusivamente português, com textos de Ramada
Curto (“O Stygma”), Carrasco Guerra e Eloy do Amaral (“Mau Caminho: Episódio Doloroso”), Bento Mântua
(“Novo Altar”), Mário Gollen (“Degenerados”), Afonso Gayo (“Quinto Mandamento”), Amadeu de Freitas e Luís
Barreto da Cruz (“A Lei Mais Forte”).
Em 11 de Outubro de 1910, o regime republicano altera o seu nome para “Theatro Apollo”. “Agulha em
Palheiro”, é primeira revista original após a instauração da República. De Ernesto Rodrigues, Félix Bermudes
e Lino Ferreira, foi um êxito estrondoso estreado em 23 de Fevereiro de 1911, e considerada a primeira revista
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