Page 246 - ANAIS ENESF 2018
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           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           A Sala de Espera como recurso terapêutico nas Doenças Crônicas Não Transmissíveis

           Autores
           PRINC          APRES            CPF                             Nome                                                               Instituição
               x        x    029.000.473-07  Fernanda Rafaella Barbosa dos   Prefeitura Municipal de Uruburetama
                             032.295.103-80  Paulo Henrique Caetano de Sousa  Prefeitura Municipal de Uruburetama
                             044.777.223-62  Marianna Braga Noronha Monteiro  Prefeitura municipal de Uruburetama
                             034.250.673-03  Uly Castro de Azevedo    Prefeitura Municipal de Uruburetama
           Resumo
           Introdução: Com o aumento da expectativa de vida, das tecnologias assistivas, sedentarismo e os hábitos alimentares
           inadequados, a população brasileira tem desenvolvidos diversas patologias da ordem da cronicidade e isso tem levado a
           comorbidades, absenteísmo, além da medicalização exacerbada. Objetivo: Expor como as salas de espera podem ser utilizadas como
           recurso terapêutico no enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Metodologia: Durante o período de janeiro a
           maio de 2018, foram desenvolvidas atividades de educação em saúde no momento da espera pelo atendimento no programa de
           atenção ao paciente portador de DCNT de uma unidade de saúde no município de Uruburetama-CE. Para a composição deste trabalho,
           foram utilizados recortes memoráveis do diário de campo e imagens fotográficas das situações expostas. Resultados: Foram realizados
           cinco momentos de educação em saúde, por meio da sala de espera, com duração aproximada de trinta minutos nos turnos da manhã. Os
           participantes eram idosos de ambos os sexos, capazes de responderem e serem responsáveis por seu autocuidado. As atividades foram
           conduzidas pelo Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) e pela Estratégia de Saúde da Família (ESF). Foi garantido que as
           orientações fossem repassadas da forma mais acessível possível ao público. Devido às limitações de recursos tecnológicos,
           foram utilizados apenas materiais lúdicos simples como bexigas e cartolinas. Os momentos se estruturaram de forma horizontal, onde os
           participantes eram estimulados a relatarem e sugerirem cuidados sobre alimentação, atividade física e hábitos relativos às suas situações
           de saúde. Estas ações em saúde propiciaram uma maior afinidade dos usuários com as equipes e favorecia para que fossem
           realizados atendimentos compartilhados da ESF e do NASF, possibilitando o esclarecimento de dúvidas e queixas específicas durante
           as consultas. Ao término das ações, os relatos dos participantes eram favoráveis à iniciativa da sala de espera e os mesmos recordavam,
           nas ações seguintes, as orientações e experiências compartilhadas nos momentos anteriores. Considerações finais: A sala de espera se
           constitui de uma tecnologia leve, de baixo custo e eficaz, sendo capaz de motivar e reeducar o usuário para a prevenção de sequelas e
           melhoria da sua qualidade de vida, além de estreitar o vínculo entre os próprios profissionais e usuários, transcendendo a ótica vertical e
           medicalocêntrica comuns nas abordagens a essas patologias.
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