Page 448 - ANAIS ENESF 2018
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           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           LINGUAGEM DE SINAIS E O FORTALECIMENTO DA INCLUSÃO SOCIAL NO SAÚDE DA FAMÍLIA
           Autores
           PRINC          APRES            CPF                             Nome                                                               Instituição
               x             164.166.783-49  GERARDO CRISTINO FILHO   SECRETARIA DA SAÚDE DE SOBRAL (CE)
                        x    019.923.103-60  MARIA DA CONCEIÇÃO COELHO   ESCOLA DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
                             716.015.543-20  EDINE DIAS PIMENTEL GOMES  ESCOLA DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
                             414.335.643-00  Maria Socorro de Araújo Dias  ESCOLA DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
                             330.654.623-20  MARIA JOSÉ GALDINO SARAIVA  ESCOLA DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
                             734.620.803-00  MÁRCIA MARIA SANTOS DA SILVA ESCOLA DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
           Resumo
           INTRODUÇÃO: A atenção às pessoas com necessidades especiais, nos equipamentos de saúde, configura-se como fator preditivo de
           qualidade dos serviços desenvolvidos. Uma proposta de atendimento inclusivo na área da saúde envolve um sistema que se identifique com
           princípios humanistas e cujos profissionais tenham um perfil compatível com eles. Assim, é necessário que os profissionais da saúde,
           principalmente aqueles componentes da Saúde da Família, sejam capacitados para se comunicarem de maneira eficiente com os usuários
           surdos, repercutindo na garantia de acesso à saúde. OBJETIVO: Refletir sobre o ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para
           profissionais da saúde como estratégia de ampliação do acesso a cuidados e inclusão social. METODOLOGIA: Relato de experiência de
           uma iniciativa da Secretaria Municipal da Saúde de Sobral-CE com a formação inicial em LIBRAS para Agentes Comunitários de
           Saúde. O Curso contava com três unidades de aprendizagem e uma carga horária de 40h e disponibilização de 30 vagas. Para
           seu desenvolvimento, contou-se com a Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Saboia para condução do
           processo formativo. RESULTADOS: O perfil de usuários surdos que buscam atendimento nas unidades de saúde, em sua maioria, é de
           adultos que raras vezes vão com acompanhantes. No desenvolvimento do Curso ficou evidente que comunicação verbal utilizada pelos
            profissionais da saúde não é suficiente para estabelecer o vínculo. Além disso, a vivência sinalizou que é importante envolver o grupo mais
            ampliado de profissionais para qualificar o cuidado ao paciente surdo e oferecer uma condução clínica resolutiva. O diálogo entre
            a experiência relatada e a literatura afim demonstra que os processos de educação permanente em saúde necessitam inserir, em
            seus planos, ações educacionais que contribuam para a redução das barreiras de acesso a uma saúde qualificada e resolutiva
            para a população. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O desenvolvimento de ações como esta toma em consideração os valores da
            promoção da saúde na busca da autonomia dos sujeitos e da corresponsabilização de trabalhadores e gestores com a melhoria da
            qualidade da vida. Os movimentos de capacitação em LIBRAS devem envolver todos os membros da equipe de saúde. Discussões devem
            ser incitadas envolvendo a atuação profissional com usuários surdos de modo a problematizar mais o assunto e favorecer a inclusão desse
           público de forma efetiva na saúde.
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