Page 56 - ANAIS ENESF 2018

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Evento Integrado
I Encontro da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família
Título
tecendo redes de cuidado em saúde mental: educação permanente sobre Reforma Psiquiátrica e Intersetorialidade na Estratégia Saúde da
Família
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 002.726.153-07 ianna oliveira sousa universidade estadual do ceara
491.894.173-72 RENASF-José Maria imenes Guimarães universidade estadual do ceara
914.479.683-87 heldenice dos santos lima da rocha secretaria de saúde do município de paracuru
953.531.193-04 vanessa cipriano de oliveira secretaria de saúde do municipio de paracuru
022.367.123-16 natália raquel de souza sampaio secretaria de saúde do município de paracuru
017.995.183-10 maria gisele da silva rocha secretaria de saúde do município de paracuru
Resumo
A Reforma Psiquiátrica no Brasil foi um movimento pela transformação das práticas de cuidado em saúde mental, advindo de uma
organização dos trabalhadores, devido às péssimas condições de trabalho e à violência no interior dos hospitais psiquiátricos. propôs o
cuidado em serviços substitutivos, de base territorial, orientados para a construção de um novo lugar social do louco. Objetivo:
Relatar experiência de Educação Permanente - EP, abordando a Reforma Psiquiátrica no Brasil e a Intersetorialidade junto a
uma Equipe de Saúde da Família, Centro de Atenção Psicossocial e representantes da Assistência Social do município de Paracuru -
CE. Método: Trata-se de relato de experiência de EP desenvolvida em uma Unidade de Saúde da Família - UBS de Paracuru, acontecida
em maio/2018, como atividade em alusão ao 18 de maio. O encontro teve início com acolhida, através a atividade corredor do toque e da
confiança, na tentativa de ensejar um ambiente de respeito e protegido para a construção do conhecimento. Após, foi realizada atividade
onde os participantes foram identificados por tarjetas como trabalhadores, pessoas com sofrimento psíquico e equipamentos
envolvidos no cuidado em saúde mental. As tarjetas foram colocadas nos participantes sem que eles soubessem o que havia escrito nela.
Foi pedido que eles circulassem na sala e expressassem as atitudes sociais frente aquela pessoa ou equipamento. Após, foi solicitado que
cada pessoa tentasse descobrir o que tinha em sua tarjeta, a partir das reações dos colegas. Por fim, foi feito apresentação do
documentário sobre o Manicômio de Barbacena, seguido por roda de conversa sobre a Reforma Psiquiátrica brasileira e a
intersetorialidade. Resultados: Houve expressiva participação e colaboração da equipe nas atividades e nas elaborações sobre a saúde
mental. Também foi valoroso o diálogo sobre as representações sociais que dificultam a produção de um cuidado sensível e respeitoso.
Foi deflagrada a organização do processo de trabalho da equipe para o atendimento das pessoas com sofrimento psíquico na UBS.
Conclusão: A construção de espaços de diálogos pautados na EP no interior das equipes de saúde da família dá condições para práticas
de cuidado sensíveis e condizentes com as reais necessiades das apessoas assistidas, dos trabalhadores e do serviço.