Page 584 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Teste Rápido para Infecções Sexualmente Transmissíveis ( IST)
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x 833.543.443-34 Ana Renha Guedes Peixoto UAPS JURANDIR PICANÇO
x 016.639.243-09 Arlene de Sousa Silva Uaps Jurandir Picanço
457.860.623-68 Arildo Sousa de Lima UAPS JURANDIR PICANÇO
Resumo
A implantação de testes rápidos para IST na Atenção Básica forma o conjunto de estratégias do Ministério da Saúde,objetivando
a qualificação e ampliação do acesso da população brasileira ao diagnóstico e detecção dessas infecções. Este relato de experiência tem
por objetivo conhecer o perfil dos pacientes acima de 50 anos que realizaram os testes rápidos para HIV,Sífilis e Hepatites Virais,
identificar as IST e reforçar a importância de práticas sexuais seguras.
A coleta ocorreu no período de Janeiro/2016 a Dezembro/2017, em uma Unidade de Atenção Primária, situada no bairro Granja Portugal ,
município de Fortaleza-Ce, com 202 pacientes.Para identificação de perfil, foi utilizado informações que continha na ficha de
atendimento/aconselhamento do teste rápido: identificação,situação conjugal,escolaridade e comportamento sexual.Dentre os 202
pacientes, 26 encontravam-se na faixa etária de 52 a 69 anos; 12 pacientes do sexo masculino e 14 do sexo feminino. A maioria
destes ( 65%) era parda, 27% eram brancos e 8% pretos. Quanto a escolaridade, 46% com ensino fundamental incompleto, 8%
fundamental completo, 15% ensino médio completo, 11% superior completo,4% superior incompleto e 15% nenhuma
escolaridade.Dos 26 participantes, 46% eram casados/união estável, 35% solteiros(as),15% viúvos(as) e 4% divorciados(as).
Dezenove pacientes ( 73%) realizaram o teste HIV pela primeira vez; (61%) souberam do serviço por meio de profissionais da
saúde;42% tiveram parceiro sexual nos últimos 12 meses.Quanto a uso de drogas, 73% referiram nunca ter usado.De 15 pacientes com
parceiro fixo, 47% nunca usaram camisinha, 47% ás vezes e 7%, sempre.De 8 pacientes com parceiro(a) eventual, 37% nunca usara
camisinha, 37% usavam sempre e 25% ás vezes.Foram realizados 22 testes para HIV, 15 para Sífilis dos quais 3(20%) foram regantes; 18
testes para Hepatite B com 1 reagente e 14 para Hepatite C com 1 reagente. Conclui-se que a população em estudo encontra-se
sexualmente ativa, com práticas sexuais inseguras e vulneráveis ás IST. Porem, a oferta dos testes rápidos favorece o diagnóstico e
tratamento precoce, interrupção da cadeia de transmissão e orientações sobre práticas sexuais seguras.Segure-se treinamento dos demais
profissionais da temática,de forma que a testagem passe a ser ofertada nos três turnos de atendimento, garantindo maior oferta a
comunidade para acesso ao serviço.