Page 660 - ANAIS ENESF 2018
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           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           Diagnóstico Clínico-Laboratorial da Sífilis Congênita
           Autores
           PRINC   APRES            CPF            Nome                                                               Instituição
              x           901.307.823-00  Fernanda da Silva Ferreira Pereira  Faculdade Metropolitana de Fortaleza (FAMETRO)
                     x    725.959.903-06  Lus Mário da Silva Pereira  Hospital Universitário Walter Cantídio
                          023.798.063-06  Gabrielle Coelho Maia Alves de Sena  Faculdade Metropolitana de Fortaleza (FAMETRO)
           Resumo
           Introdução: A sífilis congênita (SC) é o modo de transmissão de significativo impacto para a saúde pública por apresentar alta prevalência
           mundial. Mulheres grávidas com sífilis podem ter aborto espontâneo ou parto que resulta em natimortalidade. A osteocondrite,
           periostite e metafisite que acometem ossos longos, costelas e alguns ossos cranianos nos recém-nascidos (RN) são sinais frequentes da
           SC. Os RN com SC podem apresentar sequelas irreversíveis e a taxa de mortalidade na infância supera 50 % dos casos notificados.
           Objetivo: Observar o diagnóstico clínico e laboratorial da SC em RN. Metodologia: A pesquisa foi do tipo documental e retrospectiva. Os
           dados foram coletados em fichas de notificação de SC do período de janeiro a dezembro de 2017 no núcleo de vigilância epidemiológica na
           Maternidade Escola Assis Chateaubrian (MEAC). A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética e pesquisa em seres humanos sob nº
           2.423.553/2017. Os dados foram armazenados em planilha Excel e analisados de forma descritiva. Resultados: No diagnóstico clínico da
           SC em 78,22% (194) dos casos se mostraram sintomáticos. Os sinais e sintomas da SC mais frequentes foram: 47,58% (118) icterícia e
           25,81% (64) osteocondrite. O diagnóstico laboratorial dos casos de SC utilizando o Veneral Disease Research Laboratory (VDRL)
           em 41,9% (104) dos casos resultou reagente (R) e 37,5% (93) resultou não reagente (NR). Dos casos R, 34,27% (85) com títulos no
           intervalo de 1/1 a 1/8 e 7,65% (19) com títulos no intervalo de 1/16 a 1/512 (128) resultou NR e 47,6% (118) não foram realizados.
           Conclusão: No diagnóstico clínico da SC observou-se números elevados de casos sintomáticos para a doença com a presença de
           osteocondrite e icterícia. O exame não treponêmico de VDRL, no soro e liquor bem como exames treponêmicos de Fluorescent
           Treponemal antibody Absortion (FTA-ABS) e teste rápido para sífilis são excelentes recursos para auxiliar o diagnóstico e também o
           seguimento da sífilis. O teste rápido para sífilis pode ser realizado com baixo custo de forma rápida e prática pelas equipes de saúde da
           família.  Palavras-chave:  Sífilis  Congênita.  Diagnóstico  Clínico-Laboratorial.  Vigilância  Epidemiológica. Atenção Primária.
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