Page 656 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Descrição dos casos de Sífilis Congênita da Regional II de Fortaleza no período do ano de 2016
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 532.238.453-72 Nara Sibério Pinho Silveira Prefeitura Municipal de Fortaleza
640.494.343-34 Fabrícia Bezerra de Castro Alves Silveira Prefeitura Municipal de Fortaleza
788.587.043-04 Maria de Fátima Pereira de Sousa Galvão Prefeitura Municipal de Fortaleza
767.069.823-34 Caroline Braga Souza Prefeitura Municipal de Fortaleza
544.538.793-34 Cynthia Vasconcelos Dias Silveira Hospital São Carlos
413.786.603-15 Maria Rosilânia Magalhães Chaves Prefeitura Municipal de Fortaleza
Resumo
INTRODUÇÃO: A sífilis congênita representa um grande problema de saúde pública. Em nível do Brasil, entre os anos de 2014 e 2015,
houve um aumento dessa patologia de 19%. Em 2015 foram notificados 19.228 casos no país. Referente à cidade de Fortaleza, são
revelados dados alarmantes. Em 2016 essa capital atingiu um número absoluto de 540 casos notificados. OBJETIVO: Descrever
os casos de sífilis congênita da Coordenadoria Regional de Saúde II (CORES II) de Fortaleza referente ao ano de 2016.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo de caráter quantitativo relacionado aos casos de sífilis congênita que foram notificados
na rede hospitalar pertencentes à área de cobertura da CORES II. A população do estudo foi de 540 casos de sífilis congênita referente às
seis regionais de Fortaleza. Para a seleção da amostra foram selecionados 64 casos tendo como critério de inclusão os casos notificados
pertencentes à CORES II. Os dados foram coletados através do banco de dados do SINAN liberados por essa regional com acesso no
período de julho de 2017. A análise dos dados foi feita através da construção de gráficos e tabelas elaborados a partir da planilha do excel.
RESULTADOS: A unidade que mais notificou foi o Hospital Geral de Fortaleza totalizando 39 casos. No que se refere ao número de casos
por bairro (residência), os mais acometidos foram: Vicente Pinzon e Centro, cada um com registro de 15 notificações. Quanto ao perfil das
mães que tiveram filhos com sífilis congênita, percebe-se um predomínio na faixa etária de 20 a 29 anos (48,44%). No que se refere à cor
das mães, a que se sobressaiu foi a cor parda, atingindo um percentual de 89,06% e quanto à escolaridade, 48,44% tinham
apenas o ensino fundamental incompleto. Referente ao Pré-natal, 28,13% dessas mulheres não o realizaram. Embora, a maioria das
mães tenha realizado o pré-natal, 34,38% dos diagnósticos maternos foram no momento do parto/curetagem ou após o parto
(6,25%). Quanto ao esquema de tratamento, 48,44% das mães não o fizeram e 40,63% fizeram de forma inadequada. Quanto ao
parceiro, esses dados são mais alarmantes quando 84,38% não fizeram o tratamento. Referente ao desfecho dos casos, duas gestações
evoluíram para o aborto e duas crianças vieram a óbito, atingindo uma taxa de letalidade de 6,25 por 100. Nesse contexto, percebe-se a
importância de políticas públicas e intervenções que venham impactar de forma positiva na prevenção e erradicação da sífilis congênita.