Page 666 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Estratégias e instrumentais utilizados pela psicóloga no CAPS: base para o NASF
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 440.697.233-15 Márcia Rosane Barreto Alves Prefeitura Municipal de Itapipoca
Resumo
A saúde, no Brasil, é direito de todos e dever do estado, e mais que isso, ela é item de relevância pública, o que assegura a participação da
sociedade no cumprimento de suas prerrogativas legais. Para tanto, o objetivo desse trabalho consiste em fomentar novas tecnologias de
trabalho no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) a partir das que já foram criadas e implementadas pelo setor de Psicologia da
atenção especializada no Centro de Apoio Psicossocial (CAPS). Trata-se de um estudo descritivo, com a base na experiência da
autora. Descreve as características das metodologias usadas no CAPS. A análise de dados foi realizada, utilizando os
pressupostos da Fenomenologia e considerando a relação dos sujeitos com seus ambientes, inclusive o vínculo com outros
profissionais, usuários, familiares destes e a relação da pesquisadora consigo mesma. No CAPS, a psicóloga utilizava vários recursos, tais
como: entrevista psicológica, anamnese, avaliação, através dos quais tinha contato com a história do paciente, ou seja, com a
subjetividade dele. O sofrimento, motivo da queixa, era contextualizado, na dinâmica familiar e em outros meios sociais, avaliando
os condicionantes e potencialidades do indivíduo, com o propósito de elaborar um melhor plano terapêutico possível. A partir do
momento em que a psicóloga disponibilizava um espaço acolhedor para discutir tais questões, o indivíduo podia se reconhecer no outro e
perceber que não estava sozinho. Desse forma, o sujeito podia se vincular às pessoas, formando laços sociais. Essa vinculação genuína
possibilitava o redimensionamento do problema enfrentado, atenuando o sofrimento psíquico - ansiedade e sintomas de depressão.
Portanto, promover saúde na esfera psicossocial é fomentar debates que propiciem a ompreensão de fenômenos psicológicos, bem como
a de político-econômico-sociais. Tais diálogos devem preponderar a participação de diferentes atores sociais e a tolerância. Funcionam
como um ingrediente a ser adotado por todos que se propõem a trabalhar com a saúde mental.