Page 695 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Percepção dos enfermeiros da estrategia saúde da família sobre a atuação em saúde mental
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 024.759.893-35 rayssa veras camelo Universidade Estadual do Ceará
042.125.243-09 Dyase lorrane gonçalves alves uece
059.270.493-97 kellen alves freire estacio de sá
044.808.673-50 samuel miranda mattos uece
967.607.373-34 afonso ricardo de lima cavalcante uece
039.258.093-41 Lia de castro alencar feijo ufc
Resumo
Introdução: A atenção primária à saúde (APS) caracteriza-se como uma rede substitutiva de cuidado às pessoas com transtornos mentais e
tem se estabelecido como uma das diretrizes históricas para efetivação da Reforma Psiquiátrica (RPB). No Brasil, a Estratégia Saúde da
Família (ESF), modelo ampliado de APS, deve considerar os cuidados em saúde mental (SM) como prioridade, pois além de ser transversal
a qualquer tipo de necessidade em saúde, as situações de adoecimento em SM constituem-se com oproblema relevante de saúde
pública. Em vista disso, o processo de trabalho do enfermeiro no cuidado em SM na ESF torna-se primordial para a efetivação
dessas práticas e para o fortalecimento da RPB. Objetivo: Avaliar a percepção dos enfermeiros da estrategia saúde da familia
(ESF) sobre a atuação frente a saúde mental. Método: Trata-se de uma pesquisa observacional e descritiva quanto à natureza das
variáveis teve, predominantemente, uma abordagem qualitativa. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa da UECE
Parecer nº 1.082.101/2015). A amostra foi em Crateús, CE. A coleta de dados efetivou-se mediante uso de entrevista semi-estruturada e
observação simples. Os dados foram apresentados por meios de quadros e analisados a partir do método do Discurso do sujeito coletivo
(DSC). As ancoragens dos DSC foram: O que se pode fazer na ESF, Dificuldades para lidar com casos de sm e Fragilidade
na formação. Resultados: Os enfermeiros apresentam como foco de suas ações em SM o atendimento individual, o qual tem
como base a triagem, objetivando repassar o caso ao medico ou encaminhar o usuário para o CAPS. As maiores dificuldades relatadas
em relação a SM, são a fragilidade na formação acadêmica e a ausência de educação continuada, como também o medo referente
a agressividade dos usuários, a insegurança para intervir nas situações de surto e a baixa frequência dos usuarios nas UBS. Verificou-
se o despreparo dos profissionais para acolher e acompanhar os casos de SM. Além do desconhecimento dos mesmos em relação as
ferramentas clinicas de atuação em SM na ESF, como matriciamento, atendimento compartilhado, acolhimento, construção de
projeto terapêutico singular e formação de grupos terapêuticos. Considerações finais: Ante o exposto, é necessário que haja mais
investimentos em educação permanente para os profissionais da ESF, objetivando foramção de liderança tecnica e política, sendo capaz de
realizar um cuidado integral e territorializado.

