Page 698 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
PERFIL DE MORTALIDADE POR LEISHMANIOSE VISCERAL EM FORTALEZA,CEARÁ
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 065.961.795-16 Geovanna Rocha Alves Unichistus
016.774.504-28 Gustavo Rodrigues Viana Unichristus
037.661.933-33 Cíntia Lira Borges Pedrosa Unichristus
611.142.593-57 Ana Beatriz Vasconcelos da Silva Unichristus
059.509.443-05 Beatriz Camurça Gomes de Matos Mota Unichristus
Resumo
INTRODUÇÃO: A Leishmaniose Visceral (LV) é uma zoonose potencialmente letal para o homem quando não tratada adequadamente.
Esta doença é causada, no Brasil, por um parasita da espécie Leishmania chagasi, cujo principal vetor é a fêmea do mosquito Flebótomo, e
os reservatórios mais frequentes são os cães. Nesse contexto, torna-se fundamental que a Estratégia de Saúde da Família (ESF) consiga
detectar e tratar precocemente todos os casos. A LV atinge cerca de 65 países, com incidência estimada de 500 mil novos casos e 59 mil
óbitos anuais no mundo (SOUZA et al., 2012). Atrelado a isso, o Brasil se posiciona de maneira semelhante aos dados mundiais, sendo
Fortaleza responsável por boa parte dos casos de óbitos do país. OBJETIVOS:Descrever o perfil de mortalidade por LV em Fortaleza,
Ceará. MÉTODOS: Estudo epidemiológico e retrospectivo realizado por meio de consulta ao site do Departamento de Informática do
SUS - DATASUS, sendo as informações colhidas durante o mês de maio de 2018. Foram analisados dados epidemiológicos
sobre incidência e mortalidade por Leishmaniose Visceral na cidade de Fortaleza-CE, entre 2007 e 2017. RESULTADOS:
Fortaleza se enquadra como um dos grandes centros urbanos acometidos pela LV, sendo responsável pela notificação de 3.028 novos
casos no período de 2007 a 2017. Destes, 204 evoluíram para óbito, valor referente a 57,1% dos óbitos totais por LV no Ceará. Quando
comparada com o Nordeste, a capital cearense ganha destaque ainda maior: Fortaleza responde por 19,9% de todos os óbitos nordestinos.
Além disso, se comparado ao Brasil, Fortaleza apresenta uma taxa de óbito por LV de 7,5%.Nesse sentido o Ceará foi o estado da região
Nordeste que mais apresentou óbitos (356), seguido do Maranhão (283). CONCLUSÃO: Diante desse quadro epidemiológico, torna-se
necessária a interferência nesse processo ultrajante. Assim, para combater novos casos e, também, modificar essas taxas, que, muitas
vezes, tornam-se letais, a ESF ganha um papel imprescindível. Nesse sentido, a promoção da saúde, por meio da educação em
saúde, e a capacidade da equipe multidisciplinar de conhecer a realidade local e as enfermidades que circundam a população, são
essenciais para reduzir riscos e piores prognósticos da LV. Além disso, o desenvolvimento de ações educativas com a sociedade é de
extrema valia, uma vez que, dessa forma, aumentam a quantidade de "agentes em saúde", já que o cidadão poderá ser mais criterioso e
cuidadoso com a saúde da sua comunidade.