Page 702 - ANAIS ENESF 2018
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           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           Perfil dos óbitos infantis de indígenas do Ceará nos anos 2012 a 2017
           Autores
           PRINC   APRES            CPF            Nome                                                               Instituição
              x      x    027.541.753-00  Lourdes amelia de Oliveira Martins  Distrito sanitário especial indígena
                          010.845.373-11  Flaviana Bezerra de Castro Alves Rolim  Distrito Sanitário Especial Indígena do Ceará
                          491.575.073-68  Elton Flávio de Sousa Vieira  Distrito Sanitário Especial Indígena
                          001.353.033-03  Lucas Dias Machado         Distrito Sanitário Especial Indígena
                          436.069.542-04  Maria do Socorro Litaiff Rodrigues Dantas Distrito Sanitário Especial Indígena
                          687.130.533-53  André Luiz Ximenes Mello Véras  Distrito Sanitário Especial Indígena
                          575.140.973-68  Marisângela Dutra de Almeida  Distrito Sanitário Especial Indígena
                          448.350.863-68  Catia Celene Rodrigues de Oliviera  Distrito Sanitário Especial Indígena
                          213.306.543-15  Jacquelline Pessoa Coelho  distrito sanitário especial indígena
                          081.258.303-59  tania maria gurgel satiro  distrito sanitário especial indígena
           Resumo
           Introdução: A mortalidade infantil é um importante indicador da saúde e do grau de desenvolvimento socioeconômico de uma determinada
           população. O cálculo das mortes infantis é realizado pela taxa de mortalidade infantil (número de óbitos de crianças com menos de uma ano
           de idade para cada mil nascidos vivos em uma área e ano considerados). No que diz respeito à população indígena do Ceará, a taxa de
           mortalidade média de 2012 a 2017 é de 14/1000 NV com expressivas variações anuais no período do estudo. Objetivo: Descrever o perfil
           dos óbitos infantis dos indígenas nascidos no Ceará no período de 2012 a 2017 segundo o Polo Base, sexo, causa básica do óbito, local de
           ocorrência e componentes da mortalidade. Metodologia: Estudo descritivo, de abordagem quantitativa a partir dos dados secundários
           coletados do Sistema de Informação de Atenção à Saúde Indígena (SIASI). Resultado: No período de 2012 a 2017 ocorreram 34
           óbitos infantis, distribuídos nos seguintes Polos Base: 1 em 2012 Maracanaú, 8 em 2013 (4 Caucaia, 1 Crateús, 2 Itarema e 1 São
           Benedito), 1 em 2014 Poranga, 6 em 2015 (2 Caucaia, 1 Itarema, 2 Maracanaú, 1 Monsenhor Tabosa), 11 em 2016 (3 Caucaia, 2 Crateús,
           1 Itarema, 3 Maracanaú, 1 Monsenhor Tabosa, 1 São Benedito) e 7 em 2017 (2 Caucaia, 2 Itarema, 2 Maracanaú e 1 Poranga). Dos óbitos
           infantis, 47% foram do sexo feminino e 53% do masculino. Sobre a causa básica, 59% desses óbitos foram notificados no capítulo P
           (Algumas afecções originadas no período perinatal) do Código Internacional de Doenças (CID 10), 18% no capítulo Q (Malformações
           congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas) e os 23% restantes foram distribuídos nos capítulos A, B, I, J, N, O e W. No que diz
           respeito ao local de ocorrência, 88% ocorreram no hospital, 9% ignorado e 3% via pública. Sobre os componentes da mortalidade infantil:
           62% estão classificados como neonatal precoce, 12% neonatal tardio e 26% pós-neonatal. Considerações finais: A maior parte dos óbitos
           infantis ocorreu no período neonatal precoce e com causa básica classificada no capítulo P do CID-10, o que demonstra fragilidade no
           período perinatal, especialmente na assistência ao pré-natal ou ao parto.
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