Page 705 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Perfil epidemiológico da Sífilis Gestacional e Congênita no Estado do Ceará
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x 037.661.933-33 Cintia Lira Borges Pedrosa Acadêmica de medicina do 2º semestre. Unichristus.
x 014.709.323-69 Ana Adélia Sá Costa Acadêmica de medicina do 2º semestre. Unichristus.
032.795.323-37 Saul Filipe Pedrosa Leite Médico de Saúde da Família. Prefeitura de Fortaleza.
102.968.604-17 Luccas Ribeiro Mesquita Acadêmico de medicina 2º semestre. Unichristus.
959.673.543-87 Tiago Pessoa Tabosa e Silva Médico Pediatra (SBP) e de Saúde da Família
Resumo
Introdução: As DSTs e, em especial, a sífilis, representam um importante problema de saúde pública. A sífilis é uma doença
infectocontagiosa bacteriana, causada pelo Treponema pallidum, de notificação compulsória desde 1986. Torna-se de grande importância o
estudo da epidemiologia da sífilis no Ceará, uma vez que tais dados são necessários para otimizar as estratégias de prevenção,
diagnóstico e controle da doença. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da Sífilis Gestacional (SG) e Congênita (SC) no
Ceará. Métodos: Estudo epidemiológico e retrospectivo de casos residentes no Estado do Ceará e notificados no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A coleta ocorreu em maio de 2018. O período de registro foi considerado entre
2006 a 2017, uma vez que são anos disponíveis no site do DATASUS para consulta. Os dados foram organizados em planilhas
do software Excel 2016 para estatísticas descritivas. Resultados: Observou-se um total de 7.209 casos de SG no período. O aumento total
foi de 5 em 2006 para 1.221 casos em 2017, ou seja, houve um incremento de mais de 240 vezes em 11 anos. Sobre as cidades que
apresentaram índices elevados de detecção da doença, destacaram-se Fortaleza com 1.960 casos, Sobral 726, Maracanaú 365 e Juazeiro
do Norte com 296 casos. Os valores podem ter sido maiores por várias causas, como maior taxa de detecção e responsabilização para
notificação dos casos. Com relação à SC, foram encontrados 10.206 casos no mesmo período. Essa informação é alarmante,
considerando que houve uma falha de detecção da doença em 2.997 gestantes, isto é, em aproximadamente 30% das gestantes não foram
diagnosticadas a sífilis. Ressalta-se que as informações são, somente, sobre SC, no entanto, ainda existem os óbitos neonatais de causas
não explicadas, os abortos e as perdas fetais que podem não estar sendo contabilizados, a partir desses dados. Assim, os números
refletem uma falha no pré-natal, seja ele realizado na estratégia de saúde da família ou no serviço secundário e terciário. Conclusão:
Esse estudo possibilitou uma análise reflexiva, a partir dos dados epidemiológicos, acerca da SG e SC, podendo-se afirmar que
esse problema está relacionado à má adesão ao tratamento, ao pré-natal inadequado, a demora no recebimento de exames da saúde da
gestante e ao baixo nível de escolaridade.