Page 707 - ANAIS ENESF 2018
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           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           PERFIL SÓCIO DEMOGRÁFICO PARA O RISCO DE CÂNCER CERVICAL EM MULHERES ATENDIDAS EM UM SERVIÇO DE
           GINECOLOGIA
           Autores
           PRINC   APRES            CPF            Nome                                                               Instituição
              x      x    050.932.003-10  Dayana Maria de Sousa Tavares  Universidade Federal do Ceará
                          019.012.183-17  Eveliny Silva Martins      Universidade Federal do Ceará
                          434.621.623-49  Ana Karina Bezerra Pinheiro  Universidade Federal do Ceará
                          062.779.363-01  Camila Santos Reis         Universidade Federal do Ceará
                          607.329.073-06  Luana dos Santos Araújo    Universidade Federal do Ceará
           Resumo
           INTRODUÇÃO: O câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente no Brasil. Desse modo, alguns fatores de riscos são
           associados ao seu desenvolvimento, como: início da vida sexual, infecção pelo Papilomavírus Humano e condições socioeconômicas
           desfavoráveis. Apesar de existirem estratégias e ações de prevenção e controle, muitas mulheres iniciam a vida sexual e não
           realizam o exame preventivo no período preconizado. OBJETIVO: Analisar o perfil sócio demográfico de mulheres atendidas em
           um serviço de ginecologia em Fortaleza-Ceará. METODOLOGIA: Estudo descritivo documental, com abordagem quantitativa. Os
           dados foram coletados durante o período de outubro a dezembro de 2017, por meio dos prontuários de pacientes atendidas no
           Centro de Desenvolvimento Familiar, em Fortaleza. Foram avaliados 253 prontuários de pacientes com idade entre 12 e 27 anos que foram
           analisados quanto aos seguintes aspectos: queixa ginecológica principal, início da vida sexual, tratamento anterior de infecção sexualmente
           transmissível, tempo do último exame ginecológico e resultados dos exames. Esta pesquisa faz parte de um estudo maior, o qual obteve
           aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará, sob o protocolo nº 183493. RESULTADOS: Encontrou-se
           que a queixa principal de maior incidência foi a leucorreia com 50% das pacientes, seguida de 38% que realizaram por motivo de
           rastreamento e 12% por outras queixas, como: prurido vaginal e dor no baixo ventre. 57% das mulheres iniciaram a vida sexual com idade
           entre 12 e 18 anos, 31% de 19 e 27 anos, 10% não lembraram quando iniciou e 2% eram virgens. Em relação as infecções
           sexualmente transmissíveis: 74% afirmaram que nunca adquiriram, 15% não lembraram se já havia adquirido alguma vez e 11%
           relataram que sim. Quanto ao último exame: 58% das mulheres afirmaram que realizaram entre 2012 e 2017, 29% não lembraram, 7%
           realizaram entre 2007 e 2011 e 6% estavam realizando pela primeira vez. Observou-se que dos resultados dos exames: 88% resultaram
            em negativo para malignidade, 7% não havia resultado e 5% apresentaram algum tipo de lesão intraepitelial. CONCLUSÃO: Apesar da
           existência do exame preventivo, muitas pacientes procuram o serviço de saúde somente mediante aos sintomas, colocando o rastreamento
           em segundo plano. Além disso, afirma-se que a maioria iniciou a vida sexual precocemente. Dessa forma, demonstra-se que os aumentos
           dessas duas variáveis são indicativos de fatores de riscos para o câncer cervical.
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