Page 704 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO ESTADO DO CEARÁ NO PERÍODO DE 2007 A 2017
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 611.142.593-57 ANA BEATRIZ VASCONCELOS DA UNICHRISTUS
037.661.933-33 CINTIA LIRA BORGES PEDROSA Unichristus
015.051.013-60 MARCELA BARBOSA DA SILVA Unichristus
047.923.443-44 FREDERICO FREITAS CAMPELO Unichristus
059.509.443-05 BEATRIZ CAMURÇA GOMES DE MOUTniAchristus
016.774.504-28 GUSTAVO RODRIGUES VIANA UNICHRISTUS
065.961.795-16 GEOVANA ROCHA ALVES UNICHRIISTUS
Resumo
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae ou
bacilo Hansen, um microrganismo de elevada infectividade e baixa patogenicidade. A magnitude e o alto poder incapacitante mantêm a
doença como um problema de saúde pública. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico da hanseníase no Estado do Ceará no período
de 2007 a 2017. MÉTODOS: Pesquisa epidemiológica de cunho retrospectivo de casos residentes no Estado do Ceará e notificados no
Sistema de Agravos de Notificações (SINAN). A coleta ocorreu no mês de maio de 2018. O período foi de considerado entre 2007 a 2017,
uma vez que são os dados disponíveis no DATASUS para consulta. Os dados foram organizados em planilhas do software Excel 2016 para
estatísticas descritivas. RESULTADOS: No período de 2007, a 2017, foram notificados 22.853 casos novos da doença no Ceará,
sendo 7.412 em Fortaleza, ou seja, 32% das notificações de todo o Estado. A maior taxa de detecção de hanseníase no Ceará
ocorreu em 2008, representando 30,4:100.000 habitantes. Um importante indicador para controle da hanseníase é o monitoramento de
casos novos em menores de 15 anos, pois revela a transmissão recente e a sua tendência de progressão. No Ceará, em 2007 a taxa de
detecção em menores de 15 anos foi de 6,7:100.000 habitantes, a maior já registrada e considerada muito alta pelos parâmetros do
Ministério da Saúde. Felizmente, em 2016, a taxa caiu para 3,8:100.000 habitantes, representando redução de 38,2%. Além disso, nesse
estado, entre 2007 e 2016, verificou-se crescimento de 15,4% dos casos de hanseníase multibacilar, o que sugere o diagnóstico tardio da
doença e amplia o risco de desenvolver alguma incapacidade física, contribuindo para a cadeia de transmissão. CONCLUSÃO: A
hanseníase causa manifestações dermatológicas e neurológicas que se associam a deformidades e mutilações que estigmatizam os
usuários. Desta forma, a Estratégia de Saúde da Família tem um papel fundamental no diagnóstico precoce; no controle da transmissão da
doença por meio da informação e da educação em saúde; e no tratamento com poliquimioterapia. O conhecimento adequado da
comunidade sobre os sinais e sintomas proporciona a detecção precoce e prevenção de incapacidade física. Por isso, salienta-se a
importância de conhecer o padrão endêmico dessa doença para estratégias em saúde, a fim de combater a transmissão e prevenir
limitações.

