Page 876 - ANAIS ENESF 2018
P. 876

867

           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           PERFIL ETIOLÓGICO DAS MENINGITES NOTIFICADAS ENTRE 2012 E 2017 NO CEARÁ
           Autores
           PRINC   APRES            CPF            Nome                                                               Instituição
              x      x    042.270.623-06  aline albuquerque barros holanda  secretaria da saude do estado do ceará
                          134.212.203-87  Sheila Maria Santiago Borges  Secretaria da Saúde do Estado do Ceará
                          615.599.463-34  Tatiana Cisne Souza        Secretaria da Saúde do Estado do Ceará
           Resumo
           Introdução: O termo meningite expressa à ocorrência de um processo inflamatório das meninges, membrana que envolve o sistema nervoso
           central, que pode estar relacionado a uma variedade de causas, tanto de origem infecciosa como não infecciosa. Caracteriza-se
           por febre, cefaleia, náuseas, vômitos, sinais de irritação meníngea e alterações do líquido cefalorraquidiano. Pode ser causada por
           diversos agentes etiológicos, dentre eles, os vírus e bactérias. São endêmicas no mundo e o prognóstico depende fundamentalmente
           do diagnóstico precoce e da instituição imediata de tratamento adequado. Objetivo: Avaliar o perfil etiológico das meningites
           notificadas nos últimos seis anos (2012 a 2017) no estado do Ceará. Metodologia: Estudo retrospectivo, descritivo, utilizando dados de
           notificação no SINAN (Sistema Informação de Agravo de Notificação), armazenados em base online, abrangendo o período de
           2012 a 2017. Resultados: No CE foram notificados 3.255 casos suspeitos de meningite nos últimos seis anos, destes, 2.193 foram
           confirmadas e classificadas segundo os critérios da ficha de notificação das meningites. As meningites não especificadas foram
           responsáveis por 38,17% dos casos, seguida das meningites virais com 29,14% e as meningites meningocócicas com 10,94% dos
           acometimentos. Os anos de maiores ocorrências foram 2013 (464), 2012 (448) e 2017 (387) respectivamente.  Conclusões: As
           meningites de etiologias não especificadas são bastante indesejáveis nas estatísticas, pois evidenciam que é preciso melhorar quanto ao
           diagnóstico etiológico. Múltiplos fatores dificultam o reconhecimento dos principais agentes causadores da doença como, por exemplo, a
           demora na realização das coletas de soro e líquor para exames específicos, o número elevado de amostras contaminadas, e o uso
           indiscriminado de antimicrobianos pela população. Os resultados laboratoriais são de grande relevância a vigilância epidemiológica, pois o
           conhecimento das cepas circulantes, tanto detecta a introdução de cepas pertencentes a clones epidêmicos, quanto auxilia na produção
           ou reformulação das vacinas e nos estudos periódicos para a determinação de sensibilidade aos antimicrobianos, sendo de
           fundamental importância para que as medidas de prevenção e controle dessas doenças sejam avaliadas e modificadas se
           necessário. Este estudo etiológico das meningites no estado do Ceará servirá de subsídio para estudos posteriores e ações de
           intervenções nos atuais processos de trabalho que circundam a doença.
   871   872   873   874   875   876   877   878   879   880   881