Page 877 - ANAIS ENESF 2018
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           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           ZIKA VÍRUS NO CEARÁ: A OCORRÊNCIA DE CASOS E A SÍNDROME CONGÊNITA ASSOCIADA
           Autores
           PRINC   APRES            CPF            Nome                                                               Instituição
              x      x    027.354.683-05  Pâmela Maria Costa Linhares  SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
                          477.531.703-25  Kiliana Nogueira Farias da Escóssia  SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
                          601.566.963-20  Ana Rita Paulo Cardoso     SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
                          678.694.833-20  Luciano Pamplona de Góes Cavalcanti  UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
                          134.212.203-87  Sheila Maria Santiago Borges  SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
                          443.076.833-15  Marta Maria Caetano de Souza  SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
           Resumo
           Introdução: Não havia no mundo descrição de surto de Zika vírus associado a mal formações congênitas, além de condições neurológicas,
           até serem notificados casos em 2015 no Brasil. Atualmente, há registro de casos de zika e de SCZ em todos os estados brasileiros.
           Objetivo: Descrever os casos de zika e de SCZ no estado do Ceará nos anos de 2015, 2016 e 2017. Métodos: Pesquisa do tipo transversal,
           descritiva com abordagem quantitativa, realizada com residentes do Estado no período de outubro de 2015 a agosto de 2017. A população
           foi composta pelos casos notificados e confirmados inseridos no Sinan e no RESP. As análises foram feitas no Microsoft Office Excel, onde
           foram calculadas incidências e medidas de tendência central. Resultados: Nos anos de 2016 e 2017, foram notificados, 11.731 casos
           suspeitos de zika, distribuídos em todos os municípios do Estado. Destes, 59,1% e 60,9% nos anos de 2016 e 2017, respectivamente,
           apresentaram  confirmação pelo critério clínico-epidemiológico. Quanto à idade, 34,0% estavam entre a faixa etária de 20 a 29 anos e
           80,0% pertencente ao sexo feminino. A idade gestacional durante o acometimento da infecção que mais registrou ocorrência foi o terceiro
           trimestre, representado por 49,2% . Houve confirmação de zika em 9,2% dos municípios do Estado, destes, 35,3% tiveram confirmação
           em gestantes. Quanto à SCZ, foram notificados 671 casos desde a ocorrência em 2015. A notificação após o parto foi representada por
           84,3%.  Os casos confirmados pelo critério clínico-radiológico  registraram  63,2%.  As crianças  do sexo  feminino foram
           representadas por 50,3%. Relataram ter tido exantema no primeiro trimestre 47,8% das mães. Houve confirmação da doença em 30,4%
           dos municípios do Estado. Conclusão: A faixa etária de maior notificação foi comum às duas doenças, demonstrando uma
           população mais exposta. Ressalta-se a importância da detecção precoce de gestantes suspeitas por zika vírus na ESF, como
           ferramenta de facilitar o diagnóstico oportuno e diminuição dos possíveis danos aos bebês.
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