Page 924 - ANAIS ENESF 2018
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           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           O sonho de a saúde indígena melhorar: um relato de experiência
           Autores
           PRINC   APRES            CPF            Nome                                                               Instituição
              x      x    048.718.563-30  Caroline Duarte Gonçalves Silva  ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ
                          514.307.383-91  OLGA MARIA DE ALENCAR      ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ
                          732.885.193-72  IVONILZA PAULO DA SILVA    Escola de Saúde Pública do Ceará
                          947.857.673-91  ANDRÉ LUIS BEZERRA TAVARES  ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ
                          023.775.033-30  LEIDY DAYANE PAIVA DE ABREU  ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ
                          619.480.553-68  JOSÉ ALISSON GOMES DA COSTA  ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ
                          071.312.224-29  LEONARDO WAGNER MAIA DA    ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ
                          999.806.223-34  NATÁLIA DE HOLANDA E OLIVEIRA   ROESZCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ
           Resumo
           Introdução: No Brasil existem 305 etnias, 274 línguas e 897 mil indígenas (IBGE, 2010). Um grande desafio é a implementação de políticas
           públicas específicas e diferenciadas para a população indígena. A diversidade cultural indígena é uma das maiores riquezas do nosso país.
           O subsistema de saúde dos povos indígenas foi criado em 1999 por meio da Lei 9836/99 e ficou conhecida como lei Arouca. Objetivo:
           Relatar a experiência dos alunos da segunda turma do curso de Especialização em Saúde Pública no módulo que abordou a cultura e a
           saúde indígena no Brasil. Relato de Experiência: Durante o módulo de Atenção Secundária e Terciária no mês de Agosto de 2017 da
           Especialização em Saúde Pública da Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará. A turma foi acolhida pela docente, médica de Saúde
           da Família, que explanou sua experiência nos anos em que foi da equipe de Saúde Indígena Tapeba na localidade de Caucaia-Ceará.
           Foram expostos e apresentados instrumentos ritualísticos e culturais de diversa etnias. A turma foi convidada a participar do ritual do
           Toré, dança de roda característica das etnias do nordeste brasileiro, onde houve a utilização dos instrumentos ritualísticos pelos
           discentes. Resultados: Como produto desta experiência os alunos foram inspirados a construir uma síntese dos diálogos da reflexão em
           grupo. O impacto da vivência mudou o olhar e o fazer saúde para os alunos. Os alunos foram sensibilizados a pensar políticas e ações de
           saúde para este grupo tão diverso e específico. O grupo SUStentável produziu um poema crítico-reflexiva cujo título: O sonho de a saúde
           indígena melhorar " No contexto que rege a saúde indígena/Política coerente não há/ Os vínculos ainda escassos/ Por não conhecer o
           território que aí está/ Lideranças mobilizadas olham no passado/ O futuro que há de se buscar/ Entendendo nos hábitos que lá se
           encontram/ O sonho de a saúde melhorar" Conclusão: Os alunos concluíram que a experiência foi uma potente ferramenta de ensino-
           aprendizagem, sendo necessário conhecer mais as políticas indígenas, compreender sua territorialização no estado do Ceará e valorizar as
           lideranças desta cultura. Como fragilidades percebeu-se a dificuldade de unir o saber indígena ao saber científico e de criar vínculos para a
           construção compartilhada do conhecimento.
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