Page 963 - ANAIS ENESF 2018
P. 963

954

           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           CARACTERIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA SÍFILIS CONGÊNITA EM UMA REGIÃO DE SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
           Autores
           PRINC   APRES            CPF            Nome                                                               Instituição
              x      x    053.987.053-69  DAVID GOMES ARAÚJO JÚNIOR  UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
                          062.567.393-02  Anna Larissa Moraes Mesquita  UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ/ UFC
                          039.432.553-28  Mayara Nascimento de Vasconcelos  UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ/ UFC
                          000.491.763-40  Verena Emmanuelle Soares Ferreira  UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ/ UFC
                          463.968.103-87  Maria Adelane Monteiro da Silva  UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ/ UVA
           Resumo
           INTRODUÇÃO: As evidências científicas da ocorrência da Sífilis Congênita (SC) relacionam com as vulnerabilidades em saúde na qual o
           indivíduo esta susceptível. Portanto se faz necessário caracterizar o cenário de ocorrência e o perfil materno, para proporcionar elementos
           valiosos no planejamento das ações de controle pelos gestores e profissionais de saúde (SIGNOR et al., 2018). OBJETIVOS: Analisar o
           perfil e a distribuição espacial da SC nos municípios que compõe a macrorregião de saúde de Sobral/CE, utilizando técnicas de
           geoprocessamento. METODOLOGIA: Estudo quantitativo, descritivo e documental, realizado entre os meses de outubro e dezembro de
           2017, com coleta de dados no SINAN  e SINASC, a respeito dos casos de sífilis congênitas ocorridos nos 24 municípios da macrorregião de
           saúde de Sobral/CE, de 2013 a 2015. As variáveis que compuseram o estudo foram agrupadas por características maternas e distribuição
           temporal-espacial da taxa de incidência. As variáveis foram estratificadas por ano de ocorrência e por município, com distribuição da
           frequência absoluta e relativa utilizando recursos do programa Microsoft Excel 2010 e do software Quantum GIS 2.18.10 para construção de
           tabelas e figuras. RESULTADOS: Verificou-se um total de 248 casos de SC, sendo 117 caos em 2013, 100 em 2014 e 67 em 2015. Com
           relação à incidência da SC, em 2013 (12,89), 2014 (10,8) e 2015 (8,14). Em 66,9% dos casos , as mulheres tinham de 20 a 34 anos e em
           55,8% possuíam de 5º a 8º serie incompleta. 52,8% nunca abortaram. 58,8% dos partos foram vaginais e 57% foram a termo. A maioria
           das mulheres recebeu pré-natal (94,7%). Em 45,1% casos, o diagnóstico da sífilis materna foi no pré-natal. Somente 34 (11,9%) das
           gestantes foram tratadas de forma adequada e 44 (15,5%) tiveram seus parceiros tratados. CONCLUSÃO: Diante dos resultados, pode-se
           concluir que a elevada incidência da sífilis congênita está associada às características maternas, evidenciado a existências de fragilidades
           no pré-natal e na efetivação das medidas preventivas. Assim, pretende-se oferecer subsídios para o planejamento em saúde, sugerindo-se
           a realização de novos estudos para investigação detalhada das causas da alta incidência de SC, além de investimentos da gestão em ações
           de capacitação dos profissionais para sensibilização, quanto às ações de educação em saúde e um pré-natal de qualidade.
   958   959   960   961   962   963   964   965   966   967   968