Page 967 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Descentralização das Ações de Controle da Hanseníase para atenção básica: a perspectiva dos profissionais de saúde.
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 039.792.943-90 Fernanda Cassiano de Lima Secretaria Municipal de Saúde
514.307.383-91 OLGA MARIA DE ALENCAR Universidade Estadual do Ceará (UECE)
023.775.033-30 EXPOESP - LEIDY DAYANE PAIVA DE REscola de Saúde Pública (ESPCE)
603.282.905-72 Thayza Miranda Pereira Escola de Saúde Pública do Ceará
Resumo
Introdução: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa de difícil controle, causada pelo Micobacterium leprae, considerada um
problema de saúde pública no Brasil, marcada pelo preconceito e estigma provocados pelas incapacidades que são consequências do
diagnóstico tardio. Percebe-se uma grande dificuldade na operacionalização do programa, pelos profissionais da Atenção Primária à
Saúde (APS). Desta forma, surge o seguinte questionamento: o que está faltando para que as ações sejam descentralizadas?
Este estudo constitui um recorte de um trabalho monográfico de conclusão de curso de pós-graduação em Saúde Pública. Objetivos:
compreender as razões que dificultam a descentralização das ações de controle da hanseníase em município da região do Cariri-CE.
Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória de abordagem qualitativa, que para coletar os dados, utilizou entrevista semi-
estruturada e grupo focal. Resultados: Ao analisar os discursos surgiram três categorias, porém em relação à primeira, em sua terceira
subcategoria, surge através dos discursos das gestoras, em relação ao processo de descentralização das ações para a APS, que: é um
processo de difícil execução, porém exige principalmente vontade dos profissionais, em tomarem para si como responsabilidade e
executarem as ações. Para isso, torna-se necessário o compromisso mútuo, para efetivar este processo, com o apoio
especializado da atenção secundária, sempre que necessário. É preciso que haja o sentimento da situação de pertencimento dos
profissionais, como peça do contexto da descentralização, estando conscientes dos desafios e do compromisso com a problemática.
Não se pode pensar na descentralização como transferência de responsabilidade, mas sim na união entre os sujeitos empenhados com
o problema. Conclusão: As reflexões conclusiva trazem um cenário de fragilidade que culmina na dificuldade em descentralizar
estas ações. Em relação à gestão do programa, é necessário que haja uma reconfiguração do fluxo das ações, a construção de
um plano de enfrentamento que contemple a reestruturação do programa.