Page 971 - ANAIS ENESF 2018
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           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA HANSENÍASE NO ESTADO DO CEARÁ, 2014 A 2017
           Autores
           PRINC   APRES            CPF            Nome                                                               Instituição
              x           063.525.033-06  JOSAFÁ DO NASCIMENTO       FSILEHCORETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO
                          256.518.893-53  Gerlânia Maria Martins Silva de Souza  Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
                          864.700.192-34  Suzyane Cortês Barcelos    Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
                          859.338.563-04  Aquilea Bezerra de Melo Pinheiro  Secretaria de Sapude do Estado do Ceará
                          799.092.563-04  Frnacisca Maria Silva de Souza  Secreataria de Saúde do Estado do Ceará
                          035.074.603-60  Glaubenia Gomes dos Santos  Secretaria de Saúde do Estado do Caerá
           Resumo
           Introdução: A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada por um bacilo (Mycobacterium leprae) com alto potencial
           incapacitante. Considerada endêmica no estado do Ceará, uma vez que tem acometido sistematicamente populações e regiões
           com incidência relativamente constante. Objetivo: Descrever a distribuição espacial da hanseníase no estado do Ceará nos anos de 2014 a
           2017. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, abordagem quantitativa, realizado no estado do Ceará, Brasil. Os dados
           disponibilizados foram extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Os dados foram tabulados no tabwin e
           exportados para planilhas do Excel, seguidos de suas análises. Foram respeitados os preceitos éticos da Resolução Nº 510/2016.
           Resultados: Entre 2014 e 2017 foram notificados 7.006 casos novos de hanseníase no Ceará. Em 2014, 16,8% (31/184) dos municípios
           foram considerados hiperendêmicos e 14,1% (26/184) silenciosos. Em 2017, 2,7% dos municípios (5/184) encontravam-se
           em situação de hiperendêmia e 16,3% (30/184) se mantiveram silenciosos para a doença. A região sul apresenta a maior área
           hiperendêmica do Estado e o município de varjota teve a maior taxa de detecção de hanseníase na população geral, no qual foram
           notificados 17 casos da doença e taxa de detecção foi de 93,4 casos por 100 mil habitantes em 2017. Foram registrados 625 casos de
           hanseníase em menores de 15 anos de idade, o que representou 8,9% do total de casos notificados na população geral. Em relação ao
           Grau de Incapacidade Física (GIF) no diagnóstico. 6,8% (473) casos foram detectados no diagnóstico, destes, 35,3% (167) dos casos
           pertenciam à região de Fortaleza, 15% (71) na região de Maracanaú, 9,1% (43) na região de Sobral e 7,6% (36) à região de Juazeiro do
           Norte. Houve redução de 15,2% no número de casos diagnósticados com GIF II no Ceará na série histórica analisada. Conclusão: No
           Ceará, a hanseníase se apresenta de forma endêmica. Os indicadores refletem a magnitude da doença, que permanece ainda
           latente  em  alguns  aglomerados  geográficos,  demonstrando  a  existência  de  áreas  com  risco  de  transmissão  da hanseníase.
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