Page 73 - LIVRO - FILOSOFIA COMO REMÉDIO PARA A SOLIDÃO - PUBLICAR
P. 73
Djason B. Della Cunha | 73
ocorre o segundo momento mais importante do pro-
cesso de ressignificação do “sujeito da solidão”: a “to-
mada de consciência de si”, como autor do próprio des-
18
tino, capaz de empreender a atitude pela qual se dará
a salvaguarda de sua própria circunstância e, conse-
quentemente, do próprio Eu.
A atitude, em sua composição cognitiva, afetiva e
comportamental é a condição necessária e suficiente
para dar conta da apreciação que o sujeito faz de si
mesmo. É ela que renova a capacidade de autoestima e
torna viável o caminho de auto avaliação positiva para
se atingir o auto reconhecimento.
Ter ciência dos aspectos positivos e negativos do
Eu, é fundamental, na medida em que o diálogo inte-
rior possibilita um voltar-se para si mesmo com o in-
tuito de valorizar as virtudes encontradas. Este aban-
dono provisório do ego determina o empreender de
uma caminhada que segue rumo à essência do ser.
Nesse reconhecimento, de forte reserva subjetiva,
o sujeito torna-se mais apto a enfrentar os desafios do
cotidiano, potencializando sua resistência e a intensi-
dade de sua determinação. Assim, ele é capaz de per-
18 . Gordon Allport definiu a atitude como uma disposição nervosa e
mental, fruto da experiência e que exerce uma influência dinâmica e
orientadora sobre todos os objetos e situações com os quais guarda al-
guma relação. Nesse sentido, pode-se considerar a atitude como uma
forma de motivação social (portanto, de caráter secundário em relação
à motivação biológica, de tipo primário, que impulsiona e orienta a ação
para determinados objetivos ou metas. Além dos processos motivacio-
nais, é possível encontrar na atitude componentes cognitivos e afetivos.
http://pt. wikipedia.org/ wiki/ Atitudesocial. Consulta em 2009.