Page 144 - ASAS PARA O BRASIL
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Muitos estilos folclóricos se encontram na região Nordeste e
principalmente na música: o forró é uma música tradicional e uma dança
– da qual eu nunca consegui acompanhar os passos e as figuras – que eu
acho agradáveis de ver e de ouvir um tempinho.
Minha esposa é uma dançarina feroz, apaixonada por essa dança assim
como por outras.
Durante um espetáculo de forró, me lembro de uma anedota lamentável e
que mancha de novo a reputação dos franceses.
Uma vizinha francesa, que estava bêbada, exibiu seus atributos
envelhecidos em cima de um carro diante das pessoas que ficaram
assombradas e chocadas.
Ela era temível.
Depois de ter quebrado a porta de entrada da casa de um vizinho
camponês, ela passou a noite na cadeia sórdida do vilarejo.
A brega é uma música romântica mais calma, que é dançante também, e
que gosto de ouvir nos pequenos bares, no frescor da noite nas pracinhas
dos vilarejos.
Eu sempre gostei dos mercados coloridos dos vilarejos das redondezas,
mas não tanto do cheiro, onde os cavalinhos chegavam galopando com o
barulho metálico tão particular de seus cascos que estalam no asfalto.
Muitas vezes, eles sutilizam brilhantemente uma vaga de estacionamento
dos grandes jipes 4x4 dos fazendeiros.
Íamos às vezes à festa da vaquejada que pode durar de dois a três dias.
Vários pequenos balcões servem comida, com a balbúrdia de autofalantes
enormes, difundindo os sons do forró para uma plateia de dançarinos
frenéticos.
A vaquejada é a “missa dos vaqueiros”, uma competição na qual dois
vaqueiros perseguem um boi em cima de um cavalo e tentam pegá-lo para
derrubá-lo antes do final da pista.