Page 147 - ASAS PARA O BRASIL
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Somos vistos como inovadores, arrogantes, resmungões e perdendo
                  velocidade em muitos aspectos. Para nossos amigos anglo-saxões, somos
                  os encrenqueiros do planeta.

                  Em 2011 a França foi avaliada por uma mostra representativa da população

                  adulta  em  27  países.  E  o  veredicto  é  muito  favorável.  Dos  27  países
                  pesquisados,       25    tem      uma      imagem       favorável     da     França
                  (http://archives.lesechos.fr/archives/cercle/2011/04/05/cercle_34328.htm#JtWAOjF1f2c1tbeE.99).

                  A França, país de abundância, ainda faz sonhar pelo o que representa e não
                  pelo o que realmente é hoje.


                  Apesar  dos  discursos  e  de  seus  detratores  sempre  prontos  para  fazer
                  escárnio sobre o imobilismo hexagonal, a sociedade francesa se adaptou à
                  maioria  das  transformações  as  quais  ela  é  confrontada,  como  a
                  globalização. Às vezes com medo, às vezes na dor. A descentralização se
                  impôs, a economia se liberalizou, as fronteiras se abriram e nos tornamos
                  europeus.  Eu  tinha  decido  passar  a  minha  aposentadoria  no  Brasil,
                  atualmente,  eu  não  lamento  a  minha  decisão  apesar  das  singularidades

                  deste  país  “emergente”  e  das  aventuras  cansativas  e  inumeráveis  que
                  atravessamos junto com a minha esposa.

                   A mais difícil foi nosso processo das “mandíbulas da justiça brasileira”, que
                  durou quinze anos ironicamente contra crápulas franceses.


                  E a mais gratificante foi conhecer a minha esposa Eliane e sua família.

                      A  Eliane,  que  beira  os  cinquenta  anos,  é  uma  fanática  pela  cozinha
                  francesa, gosta de moda, fala um bom francês, gosta da França, cuida da
                  sua filha, da sua família e principalmente de mim com os meus problemas
                  atuais de saúde, se cuida fisicamente (pilates).


                  Nossa  filha  Érika,  de  29  anos,  e  que  criei  o  melhor  que  pude,  não
                  conhece o seu pai biológico, mora em João Pessoa, Paraíba.


















                                                          Erika
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