Page 59 - Veranigmas
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O quarto estava relativamente arrumado. Avistamos algo embaixo

                  das cinzas do cinzeiro, o que nos gerou curiosidade. Apanhamos o papel e

                  lemos  o  que  estava  escrito:  “Você  se  arrependerá  do  que  fez!  Amanhã
                  você verá! Eu me vingarei...!” “O que me diz sobre isso Amanda?” “Estou

                  pasma, mas estou pensando, será que o noivo sabe quem mandou essa

                  carta?”. “É isso que vamos descobrir!” respondeu ela com confiança na
                  voz.


                         Procuramos pelo navio inteiro e não encontramos mais nada. Então

                  fomos para a cabine do capitão para interrogá-lo. “Olá capitão Jorge! Eu
                  sou Alice e essa é minha assistente Amanda, muito prazer!” “Muito prazer

                  madames,  o  que  desejam?”  “Queríamos  informações  sobre  o  caso.”

                  Pedimos com educação.  “Que caso?” perguntou ele com ironia.  “Você
                  sabe. Por favor, colabore.” “Tudo bem. Vou contar o que sei. Na noite da

                  véspera  do  casamento,  estava  dormindo  e  ouvi  um  grito  que  me

                  despertou. Pareceu ser de uma mulher. Bom, enfim fui ver o que estava
                  acontecendo, mas infelizmente cheguei tarde demais para ver do que se

                  que  se  tratava.”  “Sabe  de  mais  alguma  coisa?”  “Também  estranhei  o

                  comportamento  de  Ana  quando  fui  dar  bom  dia.  Pareceu  que  nem  me
                  conhecia.  Me  ignorou.  Passei  pelo  quarto  do  noivo  e  senti  um  cheiro

                  esquisito  que  me  intrigou.  Acabei  entrando  porque  achei  que  era

                  necessário  e  achei  um  papel  que  levei  comigo.”  Estendeu  a  mão  e
                  mostrou  um  pequeno  papel  dobrado:  “Tem  certeza  do  que  quer?”  Isso

                  nos deixou ainda mais desconfiadas. “Obrigada pelas informações, foram

                  muito úteis.”

                         Fomos  então,  investigar  mais  lugares  do  navio.  Não  encontramos

                  nada  de  interessante  até  irmos  ao  porão,  onde  encontramos  coisas

                  horríveis: uma corda toda ensanguentada, cacos de vidro pelo chão, e o
                  pior, BITUCAS DE CIGARRO...


                                Pegamos um trem para voltar para o hotel onde estávamos

                  hospedadas, pois precisávamos descansar do longo dia que tivemos. No

                  caminho Alice contou para mim o que ela achava: “Amanda, o que acho
                  de  mais  suspeito  nessa  história,  são  as  bitucas  de  cigarro  pelo  chão.

                  Desconfio  muito  de  Constantino.”  “Porque  acha  isso?”  questionei.  “Ele


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